O que há por trás da transformação digital das farmácias?

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Tem farmácia na China?

Se você andar pelas ruas, é possível caminhar por diversos bairros sem encontrar qualquer farmácia. Mas qual é a razão disso? A potência do e-commerce chinês e sua rede de distribuição.

É claro que existem farmácias na China, mas elas estão dentro dos super aplicativos como Alipay, Wechat e outros. Por aqui não se vende mais remédios em lojas, mas sim pelos canais virtuais.

Esse é um sinal importante e amplia o que já falei aqui outro dia. Nos EUA a CVS Pharmacy anunciou o fechamento de 1.200 lojas e na China elas quase inexistem. O que está nas entrelinhas desses movimentos?

No Brasil, principalmente nas médias e grandes cidades, a sensação é de que existe uma farmácia em cada esquina. Por aqui, esse modelo é pujante e parece não apresentar qualquer tipo de crise ou recessão.

Contudo, à medida que a telemedicina cresce, o usuário começa a se questionar: se eu faço a consulta médica de pijama, do sofá, por que eu deveria trocar de roupa, pegar o carro e ir até uma loja buscar o antibiótico?

Na China, cerca de 35% das consultas médicas são feitas remotamente. E os remédios chegam na casa das pessoas em 15 minutos, na média. Então a resposta está óbvia, nem precisaria escrever aqui.

As farmácias no Brasil, nos EUA ou na China vão desaparecer? Não, mas talvez o modelo de negócio precise ser ajustado mais rápido do que a gente imagina. Quem fica preso na forma, esquece que o que importa é gerar valor.

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