Material altamente poluente e presente em quase 100% das obras impede os avanços da sustentabilidade no setor
Foto: Pexels
, redator(a) da StartSe
5 min
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5 nov 2024
•
Atualizado: 5 nov 2024
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A impressão 3D chegou como uma solução rápida e mais barata na construção de casas.
A ideia principal é a redução de custos, resíduos e de tempo, mas a indústria tem um entrave: a dependência do cimento ainda desafia a sustentabilidade no setor.
Isso porque o cimento é um material altamente poluente.
A alternativa do setor é a impressão de impacto.
Impressão sem cimento que usa um jato de material de alta velocidade que se funde à estrutura da casa.
Recentemente, a construtora ICON anunciou que está perto de concluir o maior bairro impresso em 3D do mundo.
Onde centenas de casas impressas em 3D estão sendo construídas nos EUA e na Europa, contando também com projetos habitacionais em andamento.
Esse tipo de impressão reduz o tempo de construção.
Uma casa construída em alvenaria de forma tradicional, que poderia levar meses, é construída em dias ou semanas com impressão 3D.
Ela também reduz a quantidade de materiais e desperdício, pois elimina boa parte dos resíduos durante a construção.
O que leva a outra vantagem: redução de custos.
Pesquisadores do ETH (Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique), afirmam ter desenvolvido um método de construção robótica ainda melhor do que a impressão 3D.
Chamado de impressão de impacto e usando materiais vindos da Terra, como areia, silte, argila e cascalho, é menos intensiva em carbono e mais sustentável e acessível que a 3D.
Os materiais da Terra são abundantes, recicláveis, disponíveis a baixo custo e podem ser escavados no próprio canteiro de obras.
A principal diferença entre os dois tipos de impressão é que, na 3D os materiais são muito fracos para suportar uma estrutura, por isso, precisam de aditivos como cimento para dobrar as tensões de escoamento toleradas pela estrutura final.
Já a ferramenta robótica usada pela impressão de impacto deposita o material de construção em alta velocidade que facilita a forte ligação entre as camadas de materiais utilizados.
Com maior resistência e rigidez, necessita de menos aditivos para melhorar as propriedades dos materiais.
A impressão de impacto é boa para o nosso planeta.
Enquanto a impressão 3D reduz custos de mão de obra e promete tornar a moradia mais acessível, ela não é tão sustentável ou ecologicamente correta por não ser reciclável e por causa do cimento.
O cimento é responsável por quase 8% das emissões globais de CO².
O próximo passo é começar a comercializar a impressão de impacto, mas para isso, os suiços buscam se incorporar a uma startup para que o produto esteja no mercado em até 3 anos.
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Para ler direto das fontes: Reuters | ARS Technica
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Copywriter que escreve sobre negócios, tendências e tecnologia na StartSe
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