Lojas Americanas e B2W anunciaram a união das operações. Com o negócio, a nova empresa se chamará americanas. Entenda o que está por trás dessa movimentação.
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8 min
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30 abr 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
A Lojas Americanas e a B2W (ambas possuem os mesmos controladores Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles) anunciaram na última quarta-feira (28/04) a fusão de suas empresas. Com a união das operações, a ‘nova companhia’ se chamará americanas. A intenção de unir as operações começou em fevereiro deste ano. Agora, cerca de dois meses depois, em comunicado ao mercado, as companhias confirmaram o negócio (que será avaliado e votado em Assembleias Gerais das empresas em 10 de junho. Em outras palavras, os acionistas terão de aprovar o negócio). O objetivo é “a criação de uma plataforma ainda mais poderosa”, disseram as empresas em Fato Relevante.
De um lado, a Americanas, com cerca de 1700 lojas físicas; do outro, uma das maiores empresas de e-commerce do país, dona da Americanas.com, Shoptime e Submarino. A reorganização vai acontecer da seguinte forma: as empresas vão unir as operações, com os ativos da Lojas Americanas transferidos para a B2W. No entanto, isso não criará uma nova classe de ações. Ou seja, a Loja Americanas vai cindir as lojas físicas e sua participação no Ame Digital, que serão vendidos para a nova empresa americanas. Com a cisão parcial das empresas, a participação da Lojas Americanas na B2W cai para 38,9%.
O negócio foi uma surpresa para o mercado. No último pregão de quinta-feira (29/04), as ações da Lojas Americanas ficou em queda de 2,74% (ordinárias) e 5,17% (preferenciais). Já a B2W subiu 7,69% negociadas a R$ 68,33.
Mas as mudanças não param por aí. A empresa prevê listagem nas bolsas NYSE ou NASDAQ. "Busca-se, com isso, maior acesso a investidores estrangeiros, aumento das fontes de financiamento, redução do custo de capital, aumento da liquidez das ações, alinhamento estratégico de longo prazo, exposição a novas coberturas de analistas, aumentando a visibilidade, e adequação da governança e compliance a padrões internacionais", disse a empresa em fato relevante.
Segundo a companhia, para tornar a americanas uma plataforma robusta, cinco pilares serão focados: construir um ecossistema maior para fornecedores e consumidores com mais velocidade e facilidade; desenvolver novas tecnologias integradas e baseadas em cloud; gerar economia de escala; aumentar o alcance de comunicação e publicidade; criar um “motor de M&A ainda mais poderoso para avaliar, negociar e integrar novas aquisições", disseram as companhias. O último tópico terá como foco o crescimento da fintech Ame Digital, oferecer mais produtos e serviços financeiros, acelerar a plataforma de publicidade, “e ir além do varejo, em direção a novos negócios compatíveis com os objetivos sociais da americanas e verticais para expandir o mercado endereçável”.
A movimentação entre as empresas mostra como a corrida para ser a melhor varejista está em explosão no país. Grandes varejistas como Magazine Luiza, Mercado Livre e Via Varejo. Exemplo: Magazine Luiza comprou cerca de 17 empresas entre 2020 e 2021. O Mercado Livre vai contratar 16 mil pessoas. Via Varejo tem feito uma série de movimentações: de compra de empresa até a mudança de nome para Via. A Americanas comprou o Grupo Uni.co, dono das marcas Imaginarium, Lovebrands, MinD e Puket com foco em expandir a plataforma de varejo especializado em marcas próprias e franquias. Já a B2W, antes mesmo da fusão com a Americanas, já estava a todo vapor nessa corrida. A empresa investiu, no mês passado, em uma frota de 90 tuk-tuks elétricos para entrega de encomendas feitas nas plataformas digitais. Afinal, em tempos de mudança de comportamento de compra do consumidor, sai na frente quem envia mais rápido.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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