Companhias com Propósito Específico de Aquisição se tornaram um fenômeno nos Estados Unidos — e começaram a ganhar tração no Brasil e no mundo. Entenda!
softbank-investe-em-3-startups-brasileiras-em-um-dia (Foto: GettyImages)
, jornalista
4 min
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16 abr 2021
•
Atualizado: 8 ago 2023
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O SoftBank terá que tirar sua SPAC da Nasdaq porque perdeu o prazo para fusão. O movimento acontece dois anos depois de levantar US$ 604 milhões na listagem do SVF Investment Group, companhia com propósito específico de aquisição (SPAC), “o fundo não encontrou uma empresa para concretizar a fusão esperada dentro do prazo previsto para esse tipo de veículo. Com isso, a gestora terá que dissolver a SPAC e devolver o dinheiro aos investidores”, diz nosso parceiro Startups.
As SPACs (Special Purpose Acquisiton Company) se tornaram um fenômeno nos Estados Unidos — e começaram a ganhar tração no Brasil e no mundo. Em português, significa Companhias com Propósito Específico de Aquisição. Trata-se de uma empresa de capital aberto, mas não produz e não tem funcionários. Seu único objetivo é comprar outras companhias que possam ser rentáveis.
Uma SPAC é criada por grandes empresários ou gestores. Os criadores levantam dinheiro junto a investidores com a promessa de encontrar uma empresa de capital fechado promissora — que possa trazer lucro via IPO. Os investidores, por sua vez, sem saber — ainda — qual seria a empresa adquirida, investem no negócio. Não à toa que as SPACs são chamadas também de cheque em branco. Afinal, os investidores injetam seu dinheiro no negócio com base na confiança dos embaixadores da SPAC.
Somente em 2020, os IPOs feitos por meio de SPACs levantaram cerca de US$ 70 bilhões nos Estados Unidos. A modalidade tem feito sucesso, pois, permite a listagem na bolsa de valores sem passar pelo processo burocrático de tempo e dinheiro de um IPO tradicional. Unicórnios asiáticos também estão de olho na modalidade. A Grab Holdings, startup de caronas e entregas mais valiosa do Sudeste Asiático, disse que vai abrir capital na Nasdaq por meio de SPAC. Se o negócio firmar, será o maior já feito por uma empresa do Sudeste Asiático, avaliado em quase US$ 40 bilhões.
No Brasil, embora ainda não tenha regulamentação específica, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) incluiu o assunto no arcabouço da audiência pública SDM Nº 02/21. A CVM quer receber comentários sobre “possibilidade de que tais ações fossem destinadas inicialmente a investidores qualificados, podendo alcançar os investidores de varejo após o período de 18 meses”, diz escopo.
No entanto, embora a modalidade seja mais ágil e mais simples — ainda mais em tempos de pandemia, especialistas disseram à Bloomberg — e prestes a estourar. Vamos acompanhar essa história.
Temas como esses já estão causando impacto em MILHÕES DE NEGÓCIOS no mundo inteiro. Mas as empresas mais preparadas, conseguem transformar tudo isso em VANTAGEM COMPETITIVA, porque se prepararam antes. Se você quiser saber como elas fizeram isso – e já ficar na frente do seu mercado quando outro CISNE NEGRO aparecer, VEJA AQUI COMO SE PREPARAR.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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