Nesta coluna, Piero Franceschi analisa a estratégia da empresa que, em 1982, comprou a Columbia Pictures, buscando diversificar seus negócios e fortalecer sua marca. A estratégia era usar o "efeito Hollywood" para influenciar o público jovem. Entenda!
Imagem: Reprodução LinkedIn Piero Franceschi
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4 min
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5 mar 2024
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Atualizado: 5 mar 2024
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Sabe o que Karatê Kid e Ghostbusters têm em comum? Ambos foram lançados quando a Columbia Pictures era uma subsidiária da The Coca-Cola Company.
Sim, você não leu errado. Em 1982, a The Coca-Cola Company investiu US$ 2 bilhões (valores corrigidos) para ser dona de um grande estúdio de cinema.
Segue o fio: depois de alguns anos sofrendo com perdas frequentes de market share para seu concorrente direto, a PepsiCo, a decisão estratégica foi que a Coca-Cola precisava diversificar seus negócios para diluir riscos e principalmente reforçar sua marca com mais influência cultural nas novas gerações. E nada mais poderoso do que poder ocupar o imaginário de seu público por meio do "efeito Hollywood".
Parecia uma tacada de mestre, 2 em 1: novo negócio e mais força de marca.
Tecnicamente podemos dizer que a ideia era abusar do "product placement" e colocar as marcas da Coca-Cola em todos os filmes.
Se pensarmos bem, uma tese estratégica hipermoderna mesmo tendo 40 anos de idade. Muito antes dos famosos "ecossistemas" que vemos por aí.
Por óbvio, PPT aceita tudo e a prática se tornou bem mais complexa.
“Eles não sabiam nada de filmes, e não se importavam a ponto de aprender”. Essa era a visão do chefe da Columbia na época.
Triste fim.
Depois de 7 anos, a Columbia Pictures foi vendida para a Sony, que na época era apenas um fabricante de eletrônicos (lembra do Walkman?). Nas palavras do chefe da Sony: “A estratégia de longo prazo da Sony é de construir um negócio de entretenimento total em torno da sinergia de hardware e software de áudio e vídeo”.
Incrível, retomar o fato de que a partir desse momento a Sony entrou pesado no entretenimento emplacando sucessos do cinema como MIB e Homem-Aranha e com o lançamento do Playstation alguns anos depois.
Diversificação pode ser distração, por mais moderno que isso possa parecer.
Se você não domina competências chave de um novo negócio e não está disposto a comprar também os problemas que esse novo negócio traz, melhor ficar no seu core. Cuidado por aí.
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Gestão, negócios e tecnologias do futuro em 3 dias: domine os novos modelos que revolucionam o mercado ao lado de grandes lideranças no StartSe Executive Program. Piero Franceschi é um dos professores. Saiba mais aqui!
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Experiente Diretor de Marketing, Inovação e Estratégia com um histórico comprovado em vários indústrias. Hábil em Gestão de Marketing, Planejamento de Mercado, Planejamento Estratégico, Customer Marketing, Inovação e Transformação Digital.
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