Diferente do PIX, o open banking tem uma implementação e adoção mais lenta, mas pode promover uma mudança mais profunda no mercado financeiro
Foto: Andy Sacks/Getty Images
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5 min
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3 fev 2022
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Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas
O Open Banking, uma das mais recentes inovações no mercado financeiro brasileiro, entrou no ar dia 1 de fevereiro de 2021, há um ano. Também chamada de “Sistema Financeiro Aberto”, a iniciativa é gerida pelo Banco Central e garante que os usuários controlem seus dados (inclusive se desejam compartilhá-los entre instituições financeiras).
Atualmente, o compartilhamento de dados entre instituições financeiras (via API, o que garante maior segurança neste processo) permite que transações com o PIX sejam iniciadas e realizadas fora dos apps bancários – nos aplicativos de delivery, por exemplo. Para tal, é necessário que a empresa seja cadastrada como uma “iniciadora de pagamento” pelo Banco Central.
Atualmente, segundo a Open Banking Brasil, há cerca de 800 instituições cadastradas no diretório, distribuídas entre transmissoras e receptoras de dados.
No dia 15 de dezembro, o open banking entrou oficialmente em sua quarta e última fase de implementação. É o início da fase “open data”, na qual será possível compartilhar dados de produtos e serviços para ter melhores opções de investimentos, seguros e câmbio.
Ainda em fevereiro, a expectativa é de que a mesma iniciação de pagamentos válida no PIX seja possível em TED e DOC. Em junho, a novidade chegará para os boletos. Já no segundo semestre, em setembro, será possível iniciar pagamentos de débito em conta fora do app ou site de sua conta bancária.
De acordo com a Quanto, fintech especializada em Open Banking, mais de 5 milhões de pessoas já testaram a inovação até agora. Embora tenha sido lançado em 2021, a expectativa é que a novidade comece a ganhar tração apenas neste ano.
“O compartilhamento de dados bancários já existe há algum tempo. Sempre foi possível imprimir um extrato e levar em outro banco. No entanto, o open banking é a forma mais segura de compartilhamento hoje – e a ideia, o primeiro tijolo, é que não tenhamos problemas de segurança. Em 2021 tivemos o ano do lançamento, em 2022 teremos o ano dos resultados”, conta Nic Marcondes, sócio da Quanto.
Esse é um consenso com Letícia Becker, chefe de proteção de dados da Quanto. Ela acredita que o open banking irá se tornar um “shopping center financeiro”. “Serão diversas instituições oferecendo serviços e o cliente poderá escolher qual serviço de qual instituição deseja. Ano passado começaram os testes, agora vem a consolidação”, explica.
O PIX e o open banking foram novidades pensadas no mesmo período pelo Banco Central. No entanto, em comparação, o PIX caiu nas graças dos brasileiros por ser um serviço instantâneo e gratuito. O open banking promove uma transformação mais intensa, pois muda as regras do jogo. Em tempos de LGPD, é a formalização da importância do compartilhamento seguro de dados e que, finalmente, os clientes poderão dar o aceite e usá-los em seu favor.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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