Os fundos de Corporate Venture estão em alta, Renner e Arezzo foram algumas das últimas a anunciar suas iniciativas. Entenda para que tipo de empresa faz sentido buscar inovação através de um CVC.
para-quem-o-corporate-venture-faz-sentido (Foto: GettyImages).
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6 min
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15 mar 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Victor Marques, da CapTable Brasil.
O Corporate Venture Capital se tornou uma opção relevante para as empresas que buscam trazer a inovação das startups para dentro do seu negócio. Nessa busca, muitas empresas se perdem no caminho – por não possuir a expertise necessária para analisar as startups ou por não ter o número de opções necessárias para encontrar startups compatíveis com suas demandas.
Essa dificuldade, de ter sucesso com um programa de CVC interno, também é resultado da busca de realizar todo o processo de forma independente, o que acaba aumentando os custos – com equipes de análise, integração de inovação e, por fim, investimentos mal direcionados.
Investir em inovação é sim uma opção para empresas de diferentes portes, o que muda é a dedicação de recursos, opções de integração e caminhos que podem ser percorridos. Enquanto uma gigante tem o privilégio de poder errar muitas vezes em suas apostas de inovação – embora não seja eficiente – as empresas menores precisam pensar de forma estratégica para trazer inovação sem comprometer o negócio principal.
Para o CVC se adequar a mais empresas, podendo beneficiar uma parcela maior dos negócios brasileiros, é preciso entender quais os caminhos possíveis dentro de um programa do tipo. Por falta de conhecimento ou por buscar os caminhos mais midiáticos, as empresas acabam procurando o CVC para investir em startups ou para adquiri-las.
Mas, uma boa parte da construção da inovação no Corporate Venture é causada pela proximidade entre os negócios – que pode ser atingida, sim, com investimentos e aquisições, mas também é acessada quando uma empresa contrata o serviço/produto de uma startup.
Outra maneira para reduzir o custo de trazer inovação através do Corporate Venture é buscar startups em um estágio mais inicial. Esse nível é definido pela empresa, mas é preciso evitar cair na armadilha de investir somente em negócios muito avançados. É mais importante encontrar startups que tenham um fit apropriado do que investir em estágios mais avançados – afinal, o programa de Corporate Venture busca resolver uma dor específica da empresa ou trazer inovações que possam ser expandidas dentro do negócio.
Para tornar mais eficiente o processo de estruturação desse tipo de programa, as empresas precisam buscar players que já estejam inseridos no ecossistema de startups.
Para resolver a dificuldade de análise, filtrar opções para consideração, reduzir o tempo gasto no hunting de startups que estejam alinhadas com o que a empresa busca e eliminar a necessidade de uma equipe interna dedicada para a integração da startup ao negócio, a CapTable criou o Corporate Venture as a Service (entre em contato para saber mais detalhes).
O programa busca, desde suas primeiras fases, alinhar todas as áreas da empresa que busca inovação através do CVC – independente do setor interno. Ainda, constroi uma tese, em conjunto com a empresa, identificando todos os aspectos relevantes na busca pelas startups – objetivando solucionar as dores da empresa.
Imagine, por exemplo, o fundo de Corporate Venture da Renner, com R$ 155 milhões para investir em startups. Ao anunciar uma iniciativa do tipo, a empresa se vê inundada de cadastros, com startups de diferentes portes e atratividade – ou, pior, com um fluxo baixo de startups interessadas, sem fit com a tese pretendida.
Os fundos de Corporate Venture Capital tiveram um boom de investimentos no início da pandemia – com as empresas correndo para digitalizar seus negócios e otimizar sua logística. Com a pressa, muitas delas acabaram fazendo investimentos pouco otimizados e, agora, o mercado como um todo voltou a retrair: no último trimestre de 2021, foram investidos US$ 525 milhões por fundos Corporate Venture, o montante é menor que o volume investido no trimestre anterior, quando US$ 838 milhões foram aportados.
O que chama a atenção é que os investimentos early stage representam dois terços dos investimentos realizados por CVCs em 2021 – um sinal de que esse ainda é um mercado nascente, com muito espaço para crescer.
Para resolver os gargalos e implementar um programa de Corporate Venture de sucesso – rapidamente e de forma eficiente – contate o setor de Corporate Venture da CapTable.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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