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Inovação nos pagamentos: como essa empresa quer usar o Pix apenas com o rosto como identificação

“Devemos receber a licença no segundo semestre deste ano”, destaca o CEO da empresa

Inovação nos pagamentos: como essa empresa quer usar o Pix apenas  com o rosto como identificação

Eládio Isoppo, cofundador e CEO da Payface (Foto: Divulgação)

, conteúdo exclusivo

7 min

7 jul 2023

Atualizado: 7 jul 2023

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A Payface, fintech catarinense de soluções de pagamento via reconhecimento facial, acabou de levantar R$ 15 milhões em uma extensão da rodada série A que a empresa fez na metade do ano passado, quando levantou R$ 30 milhões.

  • O aporte saiu dos bolsos dos investidores originais da rodada, liderado novamente pelo BTG Pactual, com participação da do multifamily office Oikos e da HiPartners, venture capital focado em retail tech. 
  • A novidade da rodada foi a entrada do Fintech Revolution, fundo setorizado em fintechs, que colocou o valor adicional.

E AGORA, QUAIS SÃO OS PLANOS DA PAYFACE?

De acordo com o cofundador e CEO da Payface, Eládio Isoppo, os fundos serão empregados nos planos de crescimento orgânico da companhia, entrando em novas verticais de varejo, desenvolvimento de produtos e possíveis aquisições para crescimento inorgânico. Com o empurrão, o plano da companhia é colocar sua tecnologia em cerca de 2 mil pontos até o fim do ano.

“Hoje já temos cerca de mil PDVs com nossa tecnologia, e a partir do próximo ano nossa expectativa é aumentar essa base de forma exponencial”, revela o executivo em entrevista ao Startups.

CRESCIMENTO ACELERADO

De acordo com o CEO, a adoção da tecnologia da Payface, que emprega um aplicativo de autenticação via reconhecimento facial no lugar senhas ou chips de cartão para fazer os pagamentos, está acontecendo de forma mais rápida do que o esperado pela fintech.

Atualmente a companhia já está em redes supermercadistas St. Marché, Zona Sul e Prezunic do Grupo Cencosud. A solução está integrada com todo o ecossistema de pagamentos — desde bandeiras de cartões de crédito de arranjo aberto e private labels (cartões de varejistas), wallets (carteiras virtuais), emissores, adquirentes e subadquirentes.

Segundo Eládio, atualmente a companhia está atendendo a redes com uma média de 20 lojas, mas o plano é saltar para companhias maiores e redes além do varejo alimentar a partir do próximo ano, mercado que deve se abrir com a criação de produtos complementares. Entre eles está o “Pixface”, que permitirá que o usuário faça uma operação de Pix usando apenas o rosto como identificação. “Devemos receber a licença no segundo semestre deste ano”, destaca o CEO.

“A chegada do fundo Fintech Revolution vem em um momento bastante estratégico para a expansão da empresa. Temos um plano bem desenhado para escalar nossa tecnologia, e já estamos em negociações avançadas com varejistas maiores”, afirma Eládio.

  • Apesar de capitalizada, a companhia ainda não está no azul, e segundo o CEO, ainda não está com o breakeven no horizonte. “não fazia parte da tese chegar no breakeven neste momento. Essa extensão gera mais capacidade de investimento em desenvolvimento para crescimento”, explica.

Por falar em crescimento, a startup está de olho no mercado para possíveis oportunidades de crescimento inorgânico – ou seja, M&A. “O mercado está interessante para este tipo de crescimento e estamos com algumas opções na mesa, mas nada concreto no momento”, diz o CEO.

PARCEIRO DE PESO

Para ajudar em todos estes planos, o novo investidor chega com moral. O Fintech Revolution tem como sócios Marcelo Peano, fundador da Volt Partners e ex-Unibanco; Jader Rossetto, publicitário com mais de 28 Cannes Lions e estratégias desenhadas para empresas como XP, Nubank e Mercado Livre; e Márcia Mello, ex-CEO da Global Payments e diretora em empresas como Cielo, Elavon e Verifone. Por conta dessa expertise e do networking desenvolvido no setor, Marcia ocupará uma cadeira no board da nova investida, a partir desse mês.

A atuação da Payface, inclusive seu modelo de negócio e perspectivas de expansão da operação, mostraram total aderência com a tese de investimento do Revolution. Mais do que o investimento financeiro, vamos atuar de forma bastante próxima, ao lado dos líderes da empresa, assim como temos feito com a zMatch, nossa primeira investida”, explica Marcia Mello.

  • De acordo com Eládio, a entrada do novo investidor chegou a render um upround para a companhia. “Foi um valuation representativamente maior, praticamente o dobro do valor em relação ao term sheet do ano passado”, revela.

Única empresa latinoamericana selecionada para participar do Biometric Checkout Program, programa da Mastercard que visa criar os novos protocolos de pagamento por biometria mundialmente, a Payface acumula crescimento anual de quase 400%, desde 2021. A projeção é fechar 2023 integrada a 2 mil PDVs, com capacidade para atender cerca de 2,4 milhões de consumidores mensais.

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