Peixe 30: conheça a rede social focada no mercado de trabalho

Por Camila Petry Feiler

Tudo começou com um processo de contratação interno que não andava -- eram mais de 300 currículos e, ainda assim, a Ser Educacional não conseguia encontrar a pessoa ideal para a vaga. A falta estava em um método que entregasse mais do que a formação, uma visão mais holística da pessoa. E isso é o que se espera da Peixe 30, uma rede social para vender seu peixe em 30 segundos, que entrega um pitch rápido, um currículo com as informações mais técnicas e também uma análise das skills pessoais e profissionais. 

“Ele vai ser um GPS profissional, que entende o momento da pessoa, comparando com suas características, com as hard skills e acompanha durante toda a jornada profissional”, explica Jânyo Diniz, presidente do grupo Ser Educacional. 

POR QUE UMA NOVA REDE SOCIAL PROFISSIONAL?

Uma mistura entre TikTok e LinkedIn marcam a Peixe 30, uma rede social que aposta em vídeos como meio de humanização nos processos seletivos e também como recurso para potencializar o candidato. Como assim? “Pode ser que a pessoa nem tenha tanta experiência, mas ela é criativa, tem brilho no olho e conseguiu transmitir isso no pitch. Isso tem muito valor para quem está recrutando, eles olham e dizem: eu quero isso na minha empresa!”, conta Willian Valadão, diretor de produtos digitais do Grupo Ser Educacional. 

+ Se cuida LinkedIn! TikTok agora tem currículo em vídeo

Mas o Peixe 30 vai ter vagas de emprego? Não, porque a proposta é que as pessoas sejam pescadas ali dentro e, para isso, precisam ter um perfil atraente, com criação frequente de bons conteúdos e, mais do que isso, ter clareza dos pontos que podem ser melhorados para alçar voos mais altos na carreira. 

Para isso, a plataforma disponibiliza o mapeamento das soft e hard skills, incentivando os profissionais a melhorarem suas habilidades para atender um mercado cada vez mais ágil e exigente. 

+ Como as soft skills e as hard skills podem definir sua carreira

“A ideia é que a plataforma cruze informações como soft skills, hard skills e o conteúdo dos vídeos publicados pelos usuários com as demandas do mercado local e global. Assim, poderá contribuir de forma personalizada e customizada para o desenvolvimento da carreira de cada pessoa, sugerindo cursos, livros, mentorias direcionadas, entre outras dicas que irão qualificar os profissionais para o mercado”, ressalta Willian. A rede também tem como foco dar voz e visibilidade para que todos os seus usuários consigam se destacar. 

UNINDO EMPRESAS, CANDIDATOS E NETWORKING

A ideia, agora, é que os profissionais fortaleçam seus perfis, encontrem seus gaps profissionais e se desenvolvam com apoio da comunidade do Peixe 30 e também criando jornadas de aprendizagem personalizadas. A partir do segundo semestre, eles vão lançar o Peixe Recruiter, com empresas do Brasil inteiro que vão ter acesso aos perfis desses profissionais. 

“A ideia é entender as capacidades comportamentais e adequá-las às posições que sejam adequadas ao perfil que a pessoa tem”, explica Jânyo. Dessa forma, a rede cria um tripé de conexões entre profissional, mercado de trabalho e outros profissionais para criar networking. 

MUDANÇAS DE ROTA E ADAPTAÇÃO AO MERCADO

A gente já sabe que as profissões mudam muito rápido e o mercado demanda que as pessoas se adaptem às novas realidades para manterem ou conseguirem cargos. A gente já falou por aqui, inclusive, sobre as novas profissões que vão surgir com o metaverso. 

Então mais do que propor uma plataforma com um layout amigável, jovem e tecnológico, unindo produção de vídeos ao currículo tradicional, a ideia é que a pessoa consiga orientar sua carreira pensando nessas mudanças ao longo do tempo. 

“Às vezes o profissional para no desenvolvimento da sua carreira porque ele não se conhece. Às vezes ele para porque nem sabe que ele está perto de outra profissão. Se ele entendesse que têm outras profissões adjacentes, para ele migrar de forma fácil e ganhando mais, ele expande os horizontes. A ideia é que o Peixe 30 entenda o perfil técnico, comportamental e dê caminhos dentro da plataforma, como uma mentoria com tais pessoas, faça tais cursos. A ideia é que a gente consiga mostrar para o profissional que ele tem um campo aberto”, afirma Willian. 

No futuro, a plataforma vai ter dados para criar panoramas sobre a população economicamente ativa, o perfil regional dos profissionais e o crescimento das profissões. Um recorte importante para o mercado brasileiro de olho na Geração Z, que traz a economia criativa para o mundo corporativo. Inclusive, de acordo com um relatório divulgado pelo J. Walter Thompson Intelligence, essa é considerada uma das gerações mais criativas até hoje e a aposta é que elas se engajem a partir dos vídeos.

Veja também:

• Soft skills: o que são e por que são tão importantes na carreira
• Hard skills: o que são e por que são tão importantes na carreira
• Sinais de que você não se adaptou ao trabalho remoto (e como se adaptar)