'Pele eletrônica vestível'? Entenda a nova aposta da Samsung

'Pele eletrônica vestível' capaz de medir, em tempo real, os batimentos cardíacos do usuário. Essa é a nova aposta — inusitada — da Samsung. Ainda em fase de teste, a tecnologia funciona similar às pulseiras inteligentes e aos smartwatches, mas com diferenciais: pode ser esticada (veja imagem abaixo) e é mais precisa do que os medidores convencionais. 

"O sensor extensível foi feito de uma forma que possibilita medições contínuas de batimentos cardíacos com um alto grau de sensibilidade em comparação com os sensores existentes. Isso porque, a solução facilita a adesão à pele, o que minimiza as inconsistências de desempenho que podem ser causadas pelo movimento", diz a empresa em comunicado.

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COMO FUNCIONA

Ao ser “colado” na pele — como se fosse um adesivo — o sensor extensível (que se adequa às movimentações do usuário) monitora os batimentos cardíacos. Isso é possível, porque o acessório é composto por tecnologia de ponta e tela de OLED — diodo orgânico que emite luz (uma das tecnologias mais avançadas para a fabricação de telas). “O ponto forte da inovação é que ela permite que você meça seus dados biométricos por um período mais longo sem ter que removê-la ao dormir ou praticar exercícios, já que o adesivo parece parte de sua pele”, disse Youngjun Yun, da Samsung, sobre o protótipo tecnologia em um comunicado à imprensa . “Você também pode checar seus dados de batimentos cardíacos na tela, sem ter que transferi-los para um dispositivo externo.”

COMERCIALIZAÇÃO

Apesar da pele eletrônica estar nos estágios iniciais, a empresa pretende, em breve, comercializar o dispositivo. "Queremos produzir em massa”, disse o pesquisador principal Jong Won Chung, co-autor do artigo. “Além do sensor de batimento cardíaco, que foi aplicado neste caso de teste, planejamos incluir sensores extensíveis e telas de alta resolução para permitir que os usuários monitorem saturação periférica de oxigênio, leituras de eletromiograma e pressão arterial.”

DESENVOLVIMENTO

Foi desenvolvido pela Samsung Advanced Institute of Technology (SAIT), braço de pesquisa e tecnologia da Samsung. Os detalhes do estudo foram publicados na revista Science Advances. “A pesquisa foi a primeira do setor a comprovar o potencial de comercialização de dispositivos extensíveis, visto que a tecnologia é capaz de ser integrada aos processos de semicondutores existentes”, afirma a empresa.

POR QUE IMPORTA?

O mercado de wearables — dispositivo vestível — está em explosão. Segundo dados do International Data Corporation (IDC), esse setor cresceu 35,1% ano a ano durante o terceiro trimestre de 2020, atingindo 125 milhões de unidades. “O aumento foi impulsionado pela sazonalidade, pelo lançamento de novos produtos e pela pandemia global”, diz o IDC. Os itens da Apple, Samsung e de outras gigantes da tecnologia ajudaram a alavancar esse mercado.

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