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Perspectivas da Indústria 4.0 no Brasil

Diego Mariano, CEO da BirminD, fala sobre Indústria 4.0 e a consolidação das novas tecnologias transformadoras no Brasil

Perspectivas da Indústria 4.0 no Brasil

Pessoas olhando computador em uma fábrica (foto: ThisisEngineering RAEng/Unsplash)

, Palestrante e Mentor de Vendas B2B

6 min

12 nov 2021

Atualizado: 8 ago 2023

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Diego Mariano, CEO da BirminD, é o entrevistado da coluna sobre Indústria 4.0 da StartSe. Ele responde e comenta sobre os desafios para a consolidação da indústria 4.0 no país.

Para você, quais são os principais desafios para uma empresa que deseja se adequar a Indústria 4.0 no Brasil?

O parque industrial brasileiro é, no geral, antigo e com diversos sistemas legados. Isto somado à necessidade de uma arquitetura de automação robusta, multiprotocolos e segura, representam um grande desafio para uma fábrica que quer sair de um CLP isolado para o uso de IA na nuvem. Além disso, existem o que chamamos de "ilhas tecnológicas", ou seja, máquinas com alto grau de tecnologia, mas que ainda não se comunicam com outros equipamentos à sua volta. 

Existe algum setor no Brasil que está mais adiantado na Indústria 4.0?

Eu não diria um setor específico, mas ainda é um movimento de grandes empresas. O cenário econômico atual ainda deixa as indústrias de médio/pequeno porte receosas a investirem em tecnologias de ponta. Vemos bastante movimento em setores alimentício, químico, mineração... entretanto são poucas as empresas de menor porte que estão buscando este tipo de tecnologia.

Diego Mariano, CEO da BirminD (foto: divulgação)

Faltam políticas públicas para a indústria 4.0?

Na verdade existem muitas: Finame 4.0, Soluções 4.0, Lei de informática/Lei do bem, programas de fomento de órgãos e agências governamentais, incentivos ao uso de IoT, além de projetos de Lei como o Marco Legal das startups, que traz o conceito de "Sandbox Regulatório", a EBIA (Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial) e recentemente o Projeto de Lei para regulamentar Inteligência Artificial. Acredito que falte uma curadoria maior ou uma maneira de pavimentar estes projetos para correlacioná-los com as necessidades de cada indústria.

Quais as competências que o novo profissional da indústria 4.0 precisa ter para se manter atualizado e continuar com o seu nível de empregabilidade elevado?

O principal requisito, e falo pelo tipo de profissional que buscamos aqui na BirminD inclusive, é a capacidade de aprender. As tecnologias evoluem numa velocidade tão intensa que as competências aprendidas em um semestre não necessariamente são válidas para o próximo. Vemos isso constantemente aqui: a todo momento surgem novas linguagens de programação, novos controladores e assim por diante. Um profissional versátil e com interesse em aprender é o que empresas buscam atualmente.

Como você acredita que a BirminD pode contribuir com esse novo cenário tecnológico da indústria 4.0 no país?

A missão da BirminD é democratizar o uso da Inteligência artificial na indústria e, para isso, temos um software capaz de testar automaticamente mais de 70 algoritmos e escolher a melhor solução para cada tipo de problema. Construímos produtos que funcionam tanto 100% off-line quanto na nuvem, tudo isso para podermos atender à realidade industrial brasileira. Eu tenho a certeza de que, quanto mais empresas pensarem na criação de soluções para não especialistas, robustas e com custo acessível, mais rápido a nossa indústria tende a ganhar competitividade.

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Executivo e autor de 2 e-books sobre indústria 4.0: "Como a indústria 4.0 tem revolucionado o século XXI" e "Como desmistificar a indústria 4.0 e aplicá-la ao seu negócio".

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