Trata-se da primeira aquisição da empresa após o IPO. Saiba o que está por trás do negócio.
Foto: divulgação Facebook canseidesergato
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6 min
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22 jun 2021
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Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
O mercado de pet está bom para bicho? Sim (entenda mais abaixo). E de olho nesse crescimento, a Petz comprou o Cansei de Ser Gato (CDSG), plataforma de conteúdo e e-commerce para gatos. Trata-se da primeira aquisição após o IPO realizado em setembro do ano passado — em que levantou mais de R$ 3 bilhões. O objetivo é fortalecer o posicionamento da marca no setor pet. O valor do negócio não foi divulgado.
Foi em 2013 que o Cansei de Ser Gato foi fundado pelas empreendedoras Amanda Nori e Stéfany Guimarães, com o objetivo de criar conteúdos bem-humorados e educativos e vender produtos exclusivos para gatos. Os conteúdos são feitos para as principais redes sociais, como Instagram e Facebook, em que somam mais de 1,7 milhão de seguidores. Além disso, o CDSG tem um podcast no Spotify que, em 2020, se tornou um dos mais escutados da plataforma no Brasil. Na frente de produtos — como arranhadores, camas de parede e comedouros — são vendidos desde 2015 pela loja virtual.
A compra do Cansei de Ser Gato vai fortalecer o negócio em três pilares: produção de conteúdo e curadoria, design de produtos exclusivos para as categorias de gatos e audiência qualificada para aumentar o engajamento e fluxo para todos os canais e segmentos da companhia. “A Petz, como maior plataforma Pet do país, visa alavancar as soluções oferecidas pelo CDSG por meio da nossa estratégia omnichannel e potencializar a capacidade de criação e inovação das fundadoras, dando o suporte necessário para as principais atividades da operação”, diz em comunicado Diogo Ugayama Bassi, CFO e Diretor de Relações com Investidores na Petz. “A transação marca a primeira aquisição da Companhia e reforça a visão estratégica de longo prazo de ser mundialmente reconhecida como o melhor ecossistema do segmento Pet até 2025.”
O mercado pet, ao contrário de muitos, tem se mostrado promissor. No ano passado, por exemplo, movimentou mais de R$ 40,1 bilhões de faturamento, segundo projeção do Instituto Pet Brasil. E a expectativa é continuar neste ritmo. Além disso, o Brasil é o segundo maior mercado de produtos pet com — 6,4% de participação global. O que significa que fica atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a Euromonitor International. O motivo é claro: de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 46,1% das casas tinham pelo menos um cachorro e 19,3% gatos em 2019. Isso significa que ao todo são 47,9 milhões de lares com ao menos um cão ou gato.
Não à toa que a Petz estreou na bolsa brasileira com IPO inédito no segmento pet. Mas não para por aí. Outros players do mercado também estão se movimentando. A Cobasi, por exemplo, recebeu um aporte de R$ 300 milhões em abril deste ano e se prepara para ser um ecossistema de serviços pet e, em breve, realizar o IPO. A Petlove — também em abril — virou sócia da Porto Seguro. A Zee.Dog, startup do mercado de acessórios pet, fez a aquisição da Eleven Chimps para disputar com mais recursos no mercado pet.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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