Empresa responsável pelo TikTok encerrou as atividades do aplicativo Helo, ocasionando a demissão de mais de 50 profissionais no Brasil. Entenda a estratégia por trás!
(Imagem: divulgação Helo)
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5 min
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3 jul 2023
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Atualizado: 3 jul 2023
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Recentemente, a ByteDance, empresa responsável pelo TikTok, encerrou as atividades do aplicativo Helo, ocasionando a demissão de mais de 50 profissionais no Brasil.
O Helo, uma plataforma de compartilhamento de textos, imagens e vídeos – bastante similar ao Twitter – possuía mais de 50 milhões de downloads, já chegou a ser a principal rede social da Índia e estava em constante crescimento.
A prática, na verdade, é bastante comum entre as empresas de tecnologia chinesas. Trata-se de uma autêntica autodestruição de produtos que, embora apresentem boas métricas, têm menor potencial que outros produtos dentro do mesmo ecossistema.
A ByteDance possui mais de 40 plataformas dentro de seu ecossistema, sendo o TikTok a mais famosa.
Se identificarem um projeto mais promissor, estão dispostas a desmantelar um empreendimento existente – independentemente de quão bem-sucedido seja – para realocar recursos e energia.
Essa situação ocorreu também há 5 anos, quando o principal produto da ByteDance era o agregador de notícias Toutiao, que foi relegado a segundo plano quando perceberam que o TikTok oferecia maior potencial.
A prática é similar a outra adotada por empresas de tecnologia chinesas, que promovem uma verdadeira competição de inovação. Nas empresas chinesas, é comum existirem diversos pequenos times que criam versões com pequenas modificações do produto atual.
A melhor criação recebe recursos para o desenvolvimento. As outras, são simplesmente ignoradas. Foi assim que, em 2017, surgiram os mini apps do WeChat, uma verdadeira loja de aplicativos que não precisam ser baixados, mas realizam todas as funções necessárias sem sair do WeChat.
Diante deste cenário, percebemos o quão distinta é a abordagem das empresas chinesas de tecnologia. Seu ritmo frenético e sua abordagem de "tudo ou nada" podem parecer arriscados para alguns, mas até agora têm produzido resultados impressionantes.
Empresas como a ByteDance, estão redefinindo o que significa ter sucesso em uma economia digital global, forçando a todos a acompanhar ou arriscar ficar para trás.
O fechamento do Helo não é um sinal de fracasso, mas sim uma indicação de uma filosofia de negócios inflexível, onde apenas o melhor, mais eficiente e de maior potencial tem lugar. À medida que avançamos, será fascinante observar como essa abordagem se desenrolará e que novas inovações ela trará.
Boa parte das empresas costuma olhar para as empresas americanas para aprender e replicar modelos que estão dando certo, aqui no Brasil. Entretanto, empresas chinesas estão mais avançadas em vários setores: como inteligência artificial, varejo, e-commerce e os superapps. Eu recebo todos os anos centenas de empresários brasileiros aqui na China para mostrar tudo a eles: desde os ecossistemas de inovação, modelos de negócio até visitações e network com profissionais e gestores locais. 100% focado em negócios e exclusivo apenas para 30 participantes. Conheça aqui a Imersão China da StartSe e receba as informações das próximas turmas. Veja mais
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