O investimento da gigante chinesa - somado a outros menores - gerou uma crise no fundo, com prejuízos bilionários. Entenda!
Masayoshi Son, CEO do SoftBank (Foto: divulgação)
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5 min
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10 nov 2023
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Atualizado: 10 nov 2023
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Há três meses, parecia que os ventos estavam mudando para o SoftBank, anotando lucro no segundo trimestre do ano e se preparando para rechear a conta bancária com o IPO da fabricante de chips ARM.
Segundo divulgado pelo próprio SoftBank nesta quinta-feira (9), o dano financeiro relacionado ao processo de falência da WeWork ficou na casa do US$ 1,5 bilhão no trimestre. As perdas acumuladas até setembro com a companhia passam dos US$ 14 bilhões, número que pode subir com o andar do processo da recuperação judicial. O SoftBank detém uma participação de quase 80% na WeWork.
O Vision Fund 1 registrou um ganho de US$ 2,5 bilhões com a venda de sua participação na ARM por US$ 4 bilhões, mas o Vision Fund 2 teve um revés de US$ 2,1 bilhões, puxado pelo efeito WeWork. Os fundos voltados à América Latina também ficaram no vermelho, com perdas de US$ 100 milhões.
Em reunião online com acionistas, o CFO do SoftBank, Yoshimitsu Goto, tentou apaziguar os ânimos, afirmando que a companhia ainda segue forte no cenário geral, mantendo a cautela em decisões de investimentos e planos de crescimento para o futuro.
Conforme reportou a Associated Press, o CFO destacou na reunião que os problemas da WeWork eram “lamentáveis”. Segundo ele, o SoftBank estudará o que deu errado e tentará fazer melhor com seus futuros investimentos do Vision Fund, que parecia estar pronto para uma nova ofensiva, mas agora virou motivo de dúvida para investidores.
Nos últimos dois anos, os Vision Fund acumulou mais de US$ 53 bilhões em perdas, e no último trimestre parecia que a sangria estava começando a estancar. Entretanto, segundo reportou a Bloomberg em conversa com LPs do SoftBank, o otimismo saiu de cena e a incerteza sobre o curto prazo do Vision Fund voltou à pauta.
Do lado positivo da força, Yoshimitsu destacou que a recente oferta pública da ARM, que rendeu US$ 4,7 bilhões na bolsa, não chegou a surtir grandes efeitos nos resultados gerais do trimestre, mas trouxe ganhos que foram registrados como excedente de capital. Segundo o CFO, o valor da ARM atualmente é três vezes maior do que o investimento realizado.
Além disso, no portfólio a empresa está otimista, com cerca de US$ 29 bilhões em ativos que poderão render dividendos muito em breve. Um destes investimentos é o da ByteDance, controladora do TikTok.
Segundo Yoshimitsu, o modo de investimento do SoftBank continua ativo, retomando o tema que Masayoshi Son trouxe no meio do ano, em que a gestora voltaria ao ataque no mercado, intensificando seu ritmo de investimentos. “Estamos investindo duas a três vezes mais do que investimos em comparação com o mesmo período do ano anterior”, afirmou o CFO em call.
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