A companhia também mira a compra da WaveOptics, empresa de realidade aumentada, por US$ 500 milhões. Se bem-sucedida, será o maior negócio já feito pela Snap Inc.
Snap, óculos de realidade aumentada (Foto divulgação Snap)
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7 min
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25 mai 2021
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Atualizado: 8 ago 2023
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Por Sabrina Bezerra
A Snap Inc., dona do Snapchat e do Spectacles, saiu na frente dos concorrentes Apple e Facebook ao anunciar o lançamento da nova geração de óculos de realidade aumentada. O acessório — com design e tecnologia futurística — é composto por duas câmeras (uma em cada lado do item), dois alto-falantes, quatro microfones embutidos e visor de realidade aumentada. Com isso, é possível exibir animações e outros elementos gráficos através das lentes. Em outras palavras, é como se fosse um filtro mais moderno. A princípio, os primeiros modelos não estarão à venda: “serão disponibilizados apenas para desenvolvedores ”, disse a empresa em comunicado.
Além disso, a companhia mira a compra da WaveOptics, empresa de realidade aumentada. Segundo o The Verge, a aquisição deve custar US$ 500 milhões. Sendo a metade paga em dinheiro, e a outra em ações da empresa ao longo de dois anos. Se bem-sucedido, o negócio será o maior já feito pela Snap.
A movimentação reforça a aposta da empresa no mercado de realidade aumentada — que tem se mostrado promissor (saiba mais no último tópico).
Quando o Snapchat — aplicativo de mensagens com base em imagens e vídeos — foi fundado, em 2011, por Evan Spiegel, Bobby Murphy e Reggie Brown, se tornou popular entre os Millennials (nascidos entre 1980 e 2000). Isso porque, foi pioneiro na modalidade Stories (visualização de fotos e vídeos por um período curto de tempo). Com o passar do tempo, a empresa investiu em inovações como ferramentas de câmera lenta, filtros e exibição de vídeos ao contrário. Foi um sucesso. E chamou a atenção do Facebook. No final de 2012, o gigante das redes sociais fez uma oferta de compra pelo app por US$ 3 bilhões. Recusada (veja mais abaixo).
Em 2016, a marca teve um rebranding, e surgiu a Snap Inc. — dona do Snapchat e do Spectacles. A ideia era criar uma empresa que fosse dona do aplicativo Snapchat e da Spectacles, nova marca de óculos de realidade aumentada da companhia. Na época, o CEO Evan Spiegel, disse em comunicado que não faria mais sentido manter apenas o nome Snapchat. “Agora que estamos desenvolvendo outros produtos, como óculos, precisamos de um nome que vá além de apenas um produto — mas que não perca a familiaridade e a diversão de nossa equipe e marca", disse. A partir daí, os primeiros óculos foram lançados (um modelo no mesmo ano, outro em 2018). Mas o sucesso foi baixo, e o modelo era simples demais: tinha apenas uma câmera para publicar stories no Snapchat.
Após a Snap recusar a oferta do Facebook, a rivalidade ficou acirrada: a empresa de Mark Zuckerberg fez uma série de tentativas para implementar o recurso similar ao Snapchat. As primeiras investidas foram feitas na rede social Instagram (tempo depois incluiu no Facebook e no WhatsApp). Até o nome foi parecido com o do Snapchat: Instagram Stories, que permitia a postagem de fotos e vídeos que seriam publicados apenas no período de 24 horas, depois sairiam do ar. Os filtros e os recursos mais robustos foram incluídos posteriormente. Com isso, o Snapchat, que chegou a ser avaliado em US$ 20 bilhões e atingiu o marco de uma das empresas de tecnologia mais valiosas do mundo, perdeu usuários e valor de mercado. Parecia o fim do aplicativo. Mas a empresa não desistiu: tem investido no mercado de games e, agora, em realidade aumentada.
O mercado de realidade virtual e aumentada está em alta nos últimos anos. Apple, Facebook e Microsoft, por exemplo, anunciaram que vão ingressar no mercado. A Apple deve estrear seus óculos inteligentes no próximo ano; o Facebook deve lançar seus óculos inteligentes em parceria com a marca Ray-Ban ainda neste ano; e a Microsoft tem planos ambiciosos com o HoloLens.
Além disso, segundo uma pesquisa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em 2017, o mercado de realidade aumentada movimentou cerca de U$S 3,2 bilhões e deve movimentar cerca de US$ 100 bilhões nos próximos anos.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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