Elon Musk, CEO da Tesla, anunciou que a montadora de carros vai aceitar a criptomoeda como meio de pagamento em produtos merchandising. Entenda!
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5 min
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13 mai 2021
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Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
Você já pensou em vender um produto e aceitar criptomoeda como meio de pagamento? Essa pode ser a nova tendência. Para você ter uma ideia, empresas como PayPal, Visa e Reserva já adotaram a modalidade.
Agora, a novidade da vez vem da Tesla: a companhia vai aceitar a criptomoeda dogecoin como meio de pagamento por seus produtos merchandising (não foi especificado quais produtos fazem parte da lista). O anúncio foi feito por Elon Musk, CEO da montadora de carros elétricos, no Twitter. “A Tesla vai fazer alguns produtos merchandising que poderão ser comprados com doge para ver como será”, escreveu. Essa, contudo, não é a primeira que a empresa une criptomoedas e vendas (saiba mais abaixo).
Trata-se de uma criptomoeda que nasceu como uma piada a partir do meme “Doge”. Veja os detalhes aqui.
A relação entre a Tesla e o bitcoin começou no início de 2021, quando a montadora de Elon Musk comprou US$ 1,5 bilhão de bitcoin para “ter mais flexibilidade e diversificar ainda mais o retorno sobre o caixa” (a título de curiosidade: esse valor não será vendido. Musk pretende usá-lo para transações assim que a mineração fizer a transição para uma energia mais sustentável). Mas foi em março de 2021 que a empresa decidiu aceitar a criptomoeda como meio de pagamento. A notícia pegou muitas pessoas de surpresa por causa da volatilidade do bitcoin e também por seu impacto ambiental (entenda abaixo). Na época, os investidores e os ambientalistas fizeram uma série de críticas. Mesmo assim, o preço do bitcoin foi às alturas: disparou cerca de US$ 55 mil após o anúncio.
+ Bitcoin atinge maior valor histórico: o que esperar em 2022
O bitcoin é a primeira criptomoeda a ser criada em todo o mundo. Trata-se de um dinheiro online descentralizado (não necessita de terceiros – instituição ou governo – para funcionar). É transacionada pelo blockchain.
+ Além do Bitcoin, 6 criptoativos alternativos que você precisa conhecer
O motivo, segundo Elon Musk, foi por preocupações ambientais.
"Estamos preocupados com o rápido aumento do uso de combustíveis fósseis para a mineração e as transações do bitcoin, especialmente o carvão, que tem as piores emissões de qualquer combustível", disse o executivo em post no Twitter. "Pretendemos usá-los em transações quando a mineração mudar para uma energia mais sustentável. Também analisaremos outras criptomoedas que usem menos de 1% da energia do bitcoin."
Após o anúncio, a cotação da criptomoeda caiu mais de 12%, chegando a custar cerca de US$ 50 mil na noite de ontem. As ações da Tesla caíram cerca de 5%.
A movimentação acontece em meio ao crescimento da Agenda ESG.
A criptomoeda é gerada por meio de mineração. Esse processo é feito a partir de diversos cálculos feitos por computadores. Eles são responsáveis por armazenar todas as transações.
De forma mais detalhada, funciona assim: o blockchain é o responsável por registrar o envio e recebimento das transações. Uma espécie de livro razão que registra todas as transações feitas. Por exemplo, se você usou a criptomoeda para comprar um Tesla, ficará registrado no livro razão do blockchain.
Mas isso é um problema, pois usa muita eletricidade de combustíveis fósseis para funcionar. São necessárias cerca de sete usinas nucleares para alimentar a mineração de bitcoin, segundo estudo realizado pelo Cambridge Center for Alternative Finance.
Além disso, o impacto ambiental também faz parte da Agenda ESG e reflete o olhar de investidores.
Do ponto de vista de negócios, é importante ficar de olho na pauta futuro do dinheiro. O motivo? Os consumidores estão cada vez mais adeptos às inovações. Segundo uma pesquisa feita pela Mastercard, 93% das pessoas consideram usar pelo menos um método de pagamento como criptomoeda, biometria, aproximação e código QR no próximo ano.
Se a moda vai pegar, a gente ainda não sabe, mas o Pix que chegou há cerca de um ano como um novo meio de pagamento está indo bem: já ultrapassou a quantidade de TED, DOC e boleto no país. Vale ficar de olho no pagamento em criptomoeda.
Nas últimas décadas, o Vale do Silício transformou o mundo. A maioria das grandes inovações surgiu na região, e isso não aconteceu por acaso. A boa notícia é que esse modelo pode ser replicado em qualquer região do planeta. Conheça nosso programa Silicon Valley Learning Experience e veja de perto como as empresas do Vale fazem a gestão de seus negócios. Aprenda a cultura, metodologias e abordagens que ajudam no crescimento das maiores empresas do mundo.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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