Projeto de entrega autônoma contava com cerca de 400 pessoas dedicadas, mas perdeu prioridade na empresa. Confira a estratégia!
Robô de entregas da Amazon (foto: divulgação)
, jornalista
4 min
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10 out 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
Você lembra dos testes da Amazon de entregar as encomendas na porta dos clientes por meio do Amazon Scout — robozinho de seis rodas? Pois bem, a gigante do varejo desistiu de investir tanto no experimento.
O que antes era um projeto com cerca de 400 pessoas dedicadas a ele, agora (três anos depois desde o lançamento) ganha menos prioridade na empresa.
Apenas um pequeno grupo de pessoas — ainda não divulgada a quantidade exata — ficarão responsáveis em tocar o projeto internamente. Os outros funcionários serão realocados em outras áreas.
O programa foi criado em 2019, depois da Amazon comprar silenciosamente a empresa de robótica Dispatch.
Na sequência, logo no início da pandemia de coronavírus, a empresa divulgou o programa como um método para continuar entregas em meio às restrições para combate à covid-19.
A inovação fazia muito sentido para uma empresa de comércio eletrônico ficar um passo à frente das concorrentes. Não à toa patenteou a ideia e expandiu para outras regiões, como Califórnia, Atlanta, Geórgia e Tennessee.
O robô segue uma rota de entrega de forma autônoma e, embora durante os testes tenha sido acompanhado por um funcionário, é capaz de sozinho parar na porta da casa de um cliente e abrir a tampa para permitir que ele retire sua compra.
O motivo é que o programa não estava funcionando a ponto de atender às necessidades dos clientes, disse uma porta-voz à Reuters. "Como resultado, vamos encerrar os testes de campo e reformular o programa", conta.
Além disso, vale destacar que a decisão vai ao encontro da desaceleração das vendas online da varejista, que tem feito a empresa tomar uma série de medidas, como: pausar os testes de projetos como o Amazon Scout e congelar vagas internas.
Para você ter uma noção, a Amazon é a mais recente empresa de tecnologia a tentar controlar os custos em meio aos sinais de enfraquecimento da economia.
Recentemente, por exemplo, a Meta (dona do Facebook) fechou um de seus escritórios em Nova Iorque para reduzir o custo com aluguel e enfrentar a crise.
A ideia parecia boa principalmente quando o assunto seria sair na frente dos concorrentes e reduzir as emissões de carbono, pauta importante para a Agenda ESG.
No entanto, a desistência da Amazon em continuar investindo no mesmo ritmo no robô traz algumas lições, como: saber a hora de apertar os cintos na empresa para reduzir custos em meio à sinais da crise econômica, analisar (principalmente após receber feedbacks de clientes) quais MVPs devem ser pausados e saber o momento exato de retomá-lo.
+ Agora que você já conheceu um pouco da estratégia da Amazon, que tal entender mais como ela e outras big techs crescem em escala graças a um modelo validado nos EUA que ainda é pouco explicado no Brasil? AQUI você pode ter acesso esse modelo, aprendendo direto com os americanos que ensinam e orientam essas startups lá no Vale do Silício.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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