Por que as big techs podem dominar o agro?

Por Maurício Schneider

O que temos assistido de camarote são grandes empresas do agro com uma enorme dificuldade em implementar a ambidestria dentro de casa. 

São sucessivos fracassos com aquisições startups disruptivas, que sim, tinham grande potencial, e quando são adquiridas morrem sufocadas pela lentidão, burocracia e muitas vezes aquela arrogância do cartão de visitas com um título executivo bonito. São squads de inovaçãoque não chegam a lugar nenhum em busca do produto perfeito (falta experiência), que a gente sabe que não existe.

Combinado com essa falta de ambidestria, temos os ciclos de alta e baixa da agricultura, que fazem com que as empresas tradicionais do nosso segmento virem todas suas armas para o corte de despesas, o curto prazo, muitas vezes matando projetos que requerem alguns anos de desenvolvimento e investimento.

Com isso dito, minha aposta é que as próximas empresas a dominarem o agro serão as big techs. Se nada mudar (ainda dá tempo mas precisamos mudar a mentalidade e o jeito de fazer na prática) veremos nos próximos anos a extinção dos líderes de mercado atuais em defensivos, fertilizantes, máquinas e por aí vai.

Nesse vídeo a gente vê uma possibilidade de eliminar o uso de herbicidas, que é um grande problema no mundo, mas esse é só um pequeno exemplo do que vem por aí.

A pergunta não é se irá acontecer, é quando irá acontecer... e com a IA generativa... o que se esperava acontecer em 30 anos irá acontecer em 6 meses. O pessoal ainda não entendeu ou não quer perceber esse tsunami.

Leitura recomendada

Para aqueles que desejam se aprofundar no tema, um evento único será realizado em São Paulo nos dias 29 e 30 de julho, reunindo especialistas em IA no agronegócio de todo o mundo. Uma oportunidade imperdível para entender e buscar alternativas nesse caminho sem volta.