Com a possibilidade de taxação, plataformas chinesas como Shein deixariam de ser opção para brasileiros, conforme pesquisa
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5 min
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26 jun 2023
•
Atualizado: 27 jun 2023
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Em pesquisa realizada pelo Instituto PNH em parceria com a StartSe, dados apontam que como preço é o principal valor competitivo em sites de lojas chinesas, o imposto seria um impeditivo para mais compras por lá. Pelo menos é o que diz 90% da amostra.
A pesquisa Perfil e preferências do consumidor brasileiro em sites de lojas brasileiras e lojas de produtos da “China” surgiu para entender o impacto no e-commerce e o que guia os consumidores na hora de comprar on-line. O levantamento foi realizado através de contatos telefônicos, utilizando a técnica de amostra aleatória simples, no mês de maio -- logo depois da notícia da possível taxação da Shein.
Mais de 8 em cada 10 brasileiros tem alguma frequência de compras online e 49% realizam pelo até uma compra por mês. Outro dado aponta que homens fazem compras com mais frequência que as mulheres. Entre as regiões, o Centro-Oeste lidera, com 54% das pessoas fazendo compras com frequência, seguido do Sul, com 52%, Sudeste com 50%, enquanto Nordeste fica com 49% e Norte com 38%.
67% das pessoas confiam em compras on-line e os eletrônicos são os bens de consumo preferidos em compras on-line – 33% dos entrevistados optam por buscar ofertas em sites.
Entre todos os entrevistados que de alguma forma fizeram ou preferem comprar produtos de origem internacional (27%), o preço é o maior motivador para optarem por eles e não por sites de lojas brasileiras. Mas 73% prefere comprar em sites de lojas brasileiras. Sim, se o produto tiver o mesmo preço nas duas lojas, o brasileiro irá optar pelo nacional.
Uma em cada três compras feitas online tem valores entre R$100 e R$500. As regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste são responsáveis por elevar o valor do gasto médio. Já o gasto médio é mais baixo em lojas chinesas, o que justifica uma das principais vantagens das compras nestes sites, o preço.
O que impera entre os entrevistados é o desejo de parar de fazer compras em sites de lojas chinesas caso os projetos sofram reajustes -- devido ao aumento de impostos. A opinião é comum em todos os segmentos.
Participaram da pesquisa brasileiros com mais de 16 anos de todos os estados. Ao todo, foram 403 entrevistas, sendo 47,2% de homens e 52,8% de mulheres. A faixa etária ficou dividida entre 16 a 24 anos (12,2%), 25 a 34 anos (20,6%), 35 a 44 anos (20,9%), 45 a 59 anos (24,8%) e 60 anos ou mais (21,4%).
Entre os participantes, 8,1% é do Norte; 27,3% é do Nordeste; 7,2% é do Centro-Oeste; 42,9% é do Sudeste; e 14,5% é do Sul.
Desde que a Shein desembarcou no Brasil, o varejo on-line local tem se desdobrado para a manter a concorrência e garantir relevância frente ao fast-fashion, que ganhou o coração dos brasileiros com algoritmos ágeis, peças para todos os gostos e preços extremamente chamativos. Agora, com a possibilidade de taxação, o peso no bolso do consumidor torna a compra menos atrativa.
Com um comprador que se digitalizou e se bancarizou na pandemia, o e-commerce local pode ter muito a comemorar. Mas será que ele vai conseguir agradar os novos hábitos de compra do consumidor?
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