Nas listas de empregos, o trabalho parece ser baseado em projetos e visa obter feedback humano sobre a escrita da Inteligência Artificial. Entenda
Foto: Getty Images
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6 min
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4 out 2023
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Atualizado: 4 out 2023
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Jornalistas, escritores e poetas são os novos requisitados pelas empresas de Inteligência Artificial. Por quê? A ideia é que estas pessoas treinem as IAs generativas com textos muito bons e referenciados. Uma das vagas pede, inclusive, doutorado. Ou seja, o foco é em qualidade!
A movimentação surge depois que a OpenAI e outras empresas de IA generativa começaram a receber processos de escritores que encontravam suas obras (ou trechos inteiros) nos LLMs. Ou pior: livros a venda na Amazon criados por IA, mas com base nos livros deles.
Comentamos a notícia na live de Inteligência Artificial e Gustavo Bodra, CTO da StartSe, trouxe um insight interessante: o tema já estava no radar da OpenAI, quando Sam Altman esteve no Brasil e conversou conosco.
“Uma das coisas que ele falou é que a OpenAI está estudando como remunerar ou criar incentivos para pessoas criarem conteúdo para treinar inteligência artificial, já que esse é hoje um grande desafio. Apesar da gente gerar muito conteúdo, essas máquinas precisam consumir muito conteúdo para ter a qualidade que tem, então ele tava já com essa preocupação”, explicou Bodra.
Para ele, esta notícia casa com uma menos recente: agora, veículos de comunicação podem negar que a OpenAI use seus conteúdos para treinar a IA.
“Então, bem ou mal, eles estão descobrindo caminhos para capturar esse dado, para treinar de forma que seja talvez mais justa, mais séria, mais ética, que esteja de fato de acordo com o aceite de quem produz esse conteúdo originalmente. Então, acho que ainda tem muita coisa para acontecer, mas me parece um caminho bom deles estarem sendo cada vez mais transparentes em como eles coletam esse dado e como eles usam esse dado para treinamento”, comenta ele.
Nas listas de empregos, o trabalho parece ser baseado em projetos e visa obter feedback humano sobre a escrita de IA.
Para Gustavo Bodra, os requisitos são interessantes porque ajudam a criar uma fundamentação teórica melhor -- um gap na produção das IAs hoje. Além disso, eles evitam que as pessoas usem as próprias LLMs para criar conteúdo para retroalimentar a máquina.
Afinal, ainda não se sabe se pode ser um problema, mas é melhor continuar o treinamento com conteúdo gerado por pessoas. E ainda, profissionais que trabalham com produção de textos, vão descobrindo as melhores interfaces entre humanos e máquinas para potencializar o trabalho.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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