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Por que o Itaú lançou plataforma para tokenizar ativos

O Itaú é o primeiro grande banco do país a entrar no segmento de criptoativos

Por que o Itaú lançou plataforma para tokenizar ativos

Foto: reprodução/Itaú

, Produtora de Conteúdo

4 min

15 jul 2022

Atualizado: 5 jun 2023

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Por Fabiana Rolfini
 

A instituição anunciou nesta quinta (14) o lançamento de sua plataforma de tokenização de ativos sob o comando da também nova unidade de negócio Itaú Digital Assets. Vanessa Fernandes, executiva com passagens pelo Deutsche Bank e J.P. Morgan, é quem comandará a operação.

Segundo ela, o banco vem estudando os benefícios da tecnologia blockchain há pelo menos 5 anos. Agora, com a novidade, o objetivo é “democratizar ativos através da tokenização”. O Itaú Digital Assets também será uma plataforma de serviço de custódia com criptoativos oferecendo ainda o serviço de “token as a service” (TaaS). A plataforma fará tanto a emissão, a distribuição e a custódia de criptoativos (tokens) quanto a integração com os demais produtos e canais do Itaú.

Os ativos tokenizados permitirão aos investidores em qualquer escala participar de investimentos financeiros que já fazem parte do portifólio do Itaú, mas que hoje são restritos aos clientes de alta renda ou institucionais, por meio de uma oferta fracionada.

Durante coletiva de imprensa, Vanessa ressaltou a escolha por desenvolver uma plataforma dentro de casa para levar segurança tanto ao emissor como ao investidor. “Temos um time de tecnologia com 15 mil pessoas, não fazia sentido buscar parcerias nesse sentido”, comentou. O que significa que a Liqi, startup de tokenização de ativos em blockchain que chegou a ser investida pelo Kinea no início do ano, fundo de private equity do Itaú, não participou do projeto.

Primeiro token emitido

O Itaú já emitiu um primeiro token lastreado em um fluxo de recebíveis de risco sacado. O token, em teste piloto, teve venda restrita para funcionários do banco e clientes selecionados do Private Bank, com prazo de recompra de 35 dias e valor total de R$ 360 mil. Ainda segundo a instituição, o teste rodou no sistema HyperLedger Besu.

“Nosso próximo passo é desenvolver todas as integrações necessárias para ganhar escala”, adiantou Vanessa. O banco deve liberar as funcionalidades primeiramente aos clientes institucionais, com expectativa de lançamento de um produto para pessoas físicas até o fim do ano.

A possibilidade de oferecer negociação de criptomoedas como Bitcoin e Ethereum para os clientes não é descartada no futuro, mas o foco neste momento, como salientou o banco, é na solução de tokenização de ativos.

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Jornalista. Possui experiência no mercado financeiro, social media e customer experience. Passou pela XP Inc.

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