Por que startups se tornaram grandes e lentas, mas vivem melhor momento

Sócio de um dos maiores fundos de investimento em startups do mundo – a Sequoia Capital –, Andrew Reed afirma que mesmo em um cenário macroeconômico desafiador, com claros impactos globais nas empresas de tecnologia, esse é um dos melhores momentos para investir no setor.

Em um painel realizado no Web Summit 2022, em Lisboa, Andrew disse: “Do meu ponto de vista, nunca houve um período melhor para investir e estamos buscando, proativamente, oportunidades em empresas não só em estágio inicial, mas em todos os estágios”.

SINAL DE ALERTA PARA AS GRANDES

Reed ainda deixou um alerta para aquelas startups que aproveitaram o tempo de bonança e incharam suas estruturas e processos: é hora dos líderes provarem que podem manobrar seus negócios adequadamente. 

Segundo ele, infelizmente as startups se tornaram grandes demais e lentas demais e esse, definitivamente, não é um momento para lentidão. Mas isso também não significa que não haja exemplos de empresas grandes que aproveitaram crises para se estabelecer.

Empresas lendárias de tecnologia, como Google, PayPal e Cisco superaram ciclos de baixa na economia americana e se fortaleceram. Foram essas companhias que ganharam musculatura em momentos similares de mercado. 

Segundo Reed, são essas empresas que a Sequoia está buscando nesse momento: uma nova geração de empreendedores que querem enfrentar esse desafio.

Uma das investidas da Sequoia, a Vanta, também estava presente no evento e sua CEO, Christina Cacioppo comentou o momento: “Por mais que 2022 seja um ano difícil, acho que está bem mais fácil que 2021 (…) o importante é manter o foco no negócio que deseja construir e seguir em frente”.

Saiba mais:

• O recado do ex-executivo do Softbank: invista em startups agora!
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POR QUE IMPORTA?

Andrew Reed não está sozinho, não foram poucos os grandes nomes que recentemente afirmaram que o momento é ideal para investir em startups. Marcelo Claure, responsável pela chegada do Softbank no mercado brasileiro e ex-braço direito de Masayoshi Son, fundador do Softbank, afirma que o cenário é uma oportunidade de investir em negócios que são realmente disruptivos.

Outros grandes investidores, como Jorge Paulo Lemann, e André Maciel, ex-Softbank, apontam que esse é o momento certo para investir, já que os valores de mercado das startups reduziram e os empreendedores estão inclinados a aceitar ofertas mais baixas. Lemann ainda foi além: “se eu fosse jovem, me dedicaria totalmente às startups”.

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