Head do Google Cloud explica porque agora é o grande momento da IA Generativa e como chegamos até aqui
Marco Bravo (Foto: Google imagens)
, Jornalista
8 min
•
18 ago 2023
•
Atualizado: 20 ago 2023
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De centro de custos para as empresas, para o board de decisões, a Inteligência Artificial deixou de ser “uma discussão de custos e passou a ser uma discussão de habilitador de receitas, de novas oportunidades”, explica Marco Bravo, head do Google Cloud no Brasil.
Hoje, ela vive uma crescente, inclusive mudando estratégias de empresas e colocando no centro de decisão a área de tecnologia e o cliente. Exatamente porque, como toda tecnologia exponencial, ela saiu da mão das empresas para chegar ao consumidor final de foma acessível.
Marco explica que “quando a tecnologia chega na mão das pessoas, você sai de milhão e vai para bilhão, e aí a tecnologia cresce muito rápido.”
No Google Cloud Generativa AI Live + Labs, evento que apresentou os novos produtos da empresa focados em IA e negócios, além de trazer motes de segurança, o Google Cloud falou ainda que existem mais de 7 mil pesquisas em andamento dentro da empresa, focadas em machine learning e em inteligência artificial.
Com mais de 130 parceiros no Brasil, eles estão investindo em um olhar mais amplo para a tecnologia. Para isso, a empresa está trazendo ferramentas como o Vertex IA, ambiente completo de organização de dados, treinamento e implementação de Modelos de Machine Learning e o Duet IA, que foca na melhoria da produtividade, ajudando a escrever e-mails, criar imagens, ajuda a desenvolver códigos e transcreve áudios.
Em conversa com a imprensa, Marco Bravo e Fernanda Jolo, head de Customer Engineer, Data Analytics & AI do Google Cloud para a América Latina, contaram que o que vem habilitando o mercado de IA é o surgimento da tecnologia em nuvem, já que antes a gente não tinha capacidade computacional. E isso aconteceu por dois motivos:
“Primeiro, pela capacidade da nuvem como um todo, que é muita capacidade computacional junto, e segundo, porque ela democratizou o uso da tecnologia. Então, não ficam só poucas empresas tendo acesso a essa grande capacidade computacional”, explica Bravo.
Ele sinaliza o artigo, que nasceu dentro do Google, que se tornou uma grande referência em IA, que é o Atenção é tudo o que você precisa.
“O que tem de diferente nessa tecnologia nova de inteligência artificial, que é a generativa, para a tecnologia anterior? Ela simula de verdade o nosso processo de aprendizado como seres humanos”, diz Marco.
Ele explica que a gente aprende recebendo informações do mundo e replica isso. Fernanda complementa dizendo que a virada também está no aumento da geração de dados.
“Hoje em dia, a produção de conteúdo digital é muito grande. E isso permite que esses modelos aprendam cada vez mais, também”, diz a especialista. Ela explica ainda que a evolução está gerando tensão nas empresas, que agora conhecem a capacidade que isso pode trazer para o desenvolvimento dos casos de uso.
“E a própria IA também já está ajudando a que isso se desenvolva, onde os próprios desenvolvedores são capazes de produzir mais rápido soluções, desenvolver aplicações, incorporar inteligência artificial de forma mais rápida”, conta ela.
As empresas produzem grande volume de dados há muito tempo. Hoje, a virada de chave está no acesso.
“O volume de informação que antes muitas empresas tinham, todos os relatórios médicos ou todos os contratos existentes, que ninguém conseguia transformar aquilo dali em informação realmente...Processável. Processável, consumível, insight, valor. E hoje é muito fácil tirar insight, tirar valor de toda essa informação”, diz Fernanda.
O Google vem falando sobre IA e sobre a responsabilidade que envolve o tema, já que a tecnologia reage ao conteúdo que absorve quase que de forma autônoma. E isso tem se apresentado como um diferencial: eles criaram um ambiente isolado para os dados dos negócios, que não são usados para treinar os modelos de IA do Google. Logo, eles estão sentido os clientes abertos para navegar nesta tecnologia tão nova.
Fernanda explica que “tanto na parte de ser ousado e responsável, eu vejo um interesse muito grande em adotar essas metodologias mais de forma responsável. Tanto que das nossas soluções, o que mais interessa para eles é o fato de você poder treinar com os dados próprios, de você poder restringir a IA generativa que não foi trabalhada dentro do seu escopo.”
E toda a questão está em como potencializar a tecnologia internamente com um olhar de educação e empoderamento dos usuários. Marco comentou de empresas onde 40% dos funcionários já usavam IA generativa e ninguém sabia. “Então, o que você tem é gerar essa introdução dos princípios éticos, dos princípios de ajuste e balancear sempre”, diz ele.
Depois que a tecnologia chegou a mão dos usuários, é impossível freá-la. Inclusive, muitas possibilidades estão nascendo com a popularização da IA.
Entretanto, é preciso um olhar ético, de governança e educação para mantê-la estratégica e segura nos negócios. É fundamental nosso olhar humano para desvendar essas barreiras, retirar os vieses e garantir acessos.
No evento, o Google apresentou o desafio de tornar a IA útil para o maior número de pessoas. O que será que podemos esperar do lado deles nesta corrida?
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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