Nesta coluna, Priscila Schmidt, especialista em comunicação para alta liderança, traz dicas de postura corporal. Confira!
(Imagem: Pexels)
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10 min
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9 out 2023
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Atualizado: 9 out 2023
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A postura é mais do que a maneira como você se senta; é o alicerce sobre o qual você constrói sua liderança.
1 - No contexto social ou profissional: refere-se ao comportamento ou à conduta de uma pessoa em relação a algo, como em postura ética ou postura profissional.
2 - No contexto de debates ou discussões: refere-se ao posicionamento ou ponto de vista assumido em relação a um tema específico, aliado à abordagem pelo orador.
3 - No contexto físico: refere-se à expressão corporal, uma postura altiva ou lânguida, na abordagem da oratória e vai influenciar diretamente nas duas abordagens anteriores.
Aqui, falamos sobre os fundamentos do caráter e da ética. Um líder pode ter todo o carisma do mundo, mas sem uma base sólida de integridade e respeito pelos outros, sua liderança será falha.
A postura social envolve a maneira como você se comporta em relação a seus colegas, subordinados e superiores. E como Dale Carnegie sempre disse: "Você pode fazer mais amigos em dois meses, mostrando interesse nos outros, do que você pode em dois anos tentando fazer as pessoas se interessarem por você".
A empatia e o respeito são as jóias da coroa de uma postura profissional admirável. É a boa e velha máxima: Walk The Talk.
Aqui, no contexto discursivo, o foco está no conteúdo da sua comunicação e como você entrega a mensagem. Qual o seu posicionamento em relação a determinado tema e como você o aborda é o que vai determinar a sua postura no debate. Passivo, agressivo, assertivo? Qual a sua estratégia?
Nem sempre estamos conscientes de como nossos corpos falam. Mas a verdade é que nossa linguagem corporal é frequentemente mais influente do que as palavras que saem da nossa boca.
As nossas emoções básicas - medo, raiva, tristeza e alegria - têm vetores de direção.
Quando fazemos uma expressão de medo, nós recuamos, vamos para trás.
Com a raiva, nos projetamos para frente.
A tristeza, nos puxa para baixo.
A alegria, nos impulsiona para cima (pode testar aí na sua cadeira, faça uma expressão grande de medo, raiva, tristeza e alegria e perceba para onde seu corpo se projeta em cada uma delas).
E quando pensamos na postura do nosso corpo físico, não devemos nos limitar ao tronco e ombros, é preciso observar também a postura da cabeça - onde estão a face, os olhos, a boca, elementos primordiais na comunicação, e das pernas - que é, literalmente, a sua base.
Repare, a sua cabeça quando está centrada, equilibrada e alinhada com a sua coluna, irá transmitir o óbvio: equilíbrio e alinhamento.
Simples assim, literal e metaforicamente. Portanto, se você quer inspirar autoridade e confiança, você precisa demonstrar que você tem condições de fazer a gestão da situação, a gestão das suas emoções, portanto o público deve enxergar equilíbrio, estabilidade, firmeza (mas não rigidez) na sua postura.
Se quiser demonstrar vulnerabilidade, deixe a cabeça pender para um lado e você se fará mais vulnerável instantaneamente. Pense em um cão filhote, virando a cabeça para você, com aquela cara de quem quer muito um pedacinho do pão que está na sua mão, e você sente tanta compaixão que acaba jogando um pedacinho de salame para ele.
Pois, compaixão.
Perceba, enquanto essa quebradinha com a cabeça pode ser encantadora em um cachorro e inspirar compaixão, o mesmo gesto em um líder pode não ter o efeito desejado de inspirar confiança.
E por último, chegamos nas pernas, na sua base, no seu fundamento, na sua sustentação. Se queremos imprimir no nosso discurso que estamos firmes em nossos fundamentos, que temos base para sustentar nossos argumentos e que temos estabilidade (atenção! não confundir com monotonia) para lidar com nossas emoções, então, devemos ter condições de manter os nossos pés firmes, parados, estáveis.
Canalize a sua energia para seus gestos e sua expressão facial. Mas sustente a base, não fique balançando seu corpo ou dando pequenos passinhos, tenha condições de parar de frente para seu público e encará-lo enquanto transmite a sua mensagem.
Ao sintetizar esses três aspectos da postura, você não apenas se tornará um líder mais eficaz, mas também criará um ambiente onde aqueles que você lidera podem se tornar as melhores versões de si mesmos. E é aí que a verdadeira magia da liderança acontece.
Para dominar a sua postura, será, portanto, necessário que você desenvolva o seu autoconhecimento para poder manter uma postura ética, que você amplie sua inteligência empática para ter uma postura eficiente nos debates, e que domine sua oratória e expressão corporal para ter uma postura intencional nos diferentes contextos de comunicação. É trabalho para a vida toda. Por isso, quanto antes você começar, melhor.
*Este artigo não representa a opinião da StartSe; a responsabilidade é da autora.
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Priscila é professora do WLP, formação internacional de impacto para lideranças femininas, da StartSe em parceria com a Nova SBE. Ela também é fundadora da Versa, empresa referência em desenvolver habilidades para comunicação em treinamentos corporativos, com foco em Altas-Lideranças e C-Levels. Com mais de 15 anos de experiência, ensina líderes como se tornarem porta-vozes de sua melhor versão. Além de atriz e professora de teatro, possui pós-graduação em Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, bem como certificação em neurociência pela PUC-RS
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