O hype da IA está a todo vapor, com rodadas jogando valuations nas alturas. Mas você conhece a maioria dos unicórnios e decacórnios do setor?
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18 out 2024
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Atualizado: 18 out 2024
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Groq, Poolside, Weka, Cyera, Together AI, Figure, Lambda. Provavelmente você não ouviu falar (ainda) destes nomes, mas elas são indicativos de uma nova “corrida do ouro” para o venture capital: a inteligência artificial.
Segundo dados divulgado pela Accel Partners esta semana, dos US$ 79 bilhões investidos em startups de nuvem em 2024, 40% do montante foi para startups de IA generativa. “A IA está sugando todo o ar do ambiente (de VC)”, disse o sócio da Accel, Philipee Botteri, em uma entrevista à rede norte-americana CNBC.
Outro indicativo disso são as megarodadas anunciadas no ano – a mais emblemática dela, sem dúvidas, foi a da OpenAI, que captou impressionantes US$ 6,6 bilhões na maior rodada de VC da história, chegando ao valuation astronômico de US$ 157 bilhões.
Só este ano, várias outras empresas do segmento viram seu valor de mercado subir rápido em pouco tempo, saindo das centenas de milhões de dólares para múltiplos bilhões.
Entretanto, você sabe da maioria delas? Por isso, resolvemos listar as 10 startups de IA mais valiosas do mundo.
Detalhe: nomes listados como Nvidia e Meta não entram na lista, apesar de seus valuations também inflados por sua presença no mercado de AI. Ah, e essa lista pode mudar num piscar de olhos, até a próxima megarodada. Sem maior delongas, vamos aos nomes.
A novaiorquina AlphaSense é especializada em soluções de inteligência de mercado, empregando IA generativa para ajudar gestoras a encontrar oportunidades de investimento. Em junho passado, ela levantou US$ 650 milhões em uma rodada série F liderada pela Viking Global e BDT&MST, contando com outros investidores como o Vision Fund do SoftBank e Goldman Sachs. Com o negócio, a startup aproveitou para comprar por US$ 930 milhões a Tegus, uma companhia concorrente no mesmo ramo. Crescimento agressivo é isso aí.
Quando Ilya Sutskever, cofundador e ex-cientista-chefe da OpenAI, saiu da empresa que ajudou a criar, ele não deu ponto sem nó. Um mês após a saída, ele anunciou a Safe, empresa de pesquisa na área de superinteligências baseadas em IA. É um projeto ambicioso, fundado em parceria com o ex-sócio da Y Combinator Daniel Gross, mas que já atraiu investidores. Em setembro, ela captou US$ 1 bilhão em uma rodada com a a16z, Sequoia e DST Global, avaliando o negócio em US$ 4 bilhões.
Essa talvez muita gente não ouviu falar, mas o valuation é de respeito: US$ 4,5 bilhões. Com seu software que usa IA para conectar bases de dados de empresas e terceiros para facilitar o cruzamento de informações e pesquisas dos colaboradores, a Glean chegou a atenção da Lightspeed (e outros como Kleiner Perkins e Sequoia), que investiu US$ 203 milhões na startup no começo do ano. Desde a sua fundação, em 2019, a empresa sediada em Palo Alto levantou mais de US$ 350 milhões.
A canadense Cohere é outra que tem se beneficiado de um hype considerável nos últimos tempos, apesar de não chegar a números tão inflados quanto os próximos nomes dessa lista. A companhia chegou a um valuation de US$ 5,5 bilhões em julho, depois de captar US$ 500 milhões com investidores como Cisco, AMD, Fujitsu e fundos canadenses como PSP e EDC. É um feito e tanto da startup fundada em Toronto por ex-pesquisadores do Google e que desenvolve modelos para tarefas corporativas como resumo de documentos, textos para sites e scritps para chatbots.
A Mistral é um caso impressionante de crescimento. Fundada no ano passado, a startup parisiense saltou de um seed de US$ 112 milhões com a Lightspeed no ano passado, para uma série A de US$ 415 milhões no começo do ano, mais um aporte privado da Microsoft, chegando a um valuation de US$ 6,2 bilhões em junho quando a General Catalyst entrou na história liderando uma série B de € 600 milhões (cerca de US$ 660 milhões).
E o que a Mistral, fundada por ex-funcionários do Google DeepMind e Meta faz? Ela desenvolve modelos de linguagem open source e privados que, segundo fontes, são mais customizáveis e economizam mais recursos computacionais do que outros LLMs populares.
Chegamos agora nos dois dígitos – no caso da Scale AI, um valuation de US$ 14 bilhões. A companhia de São Francisco chamou a atenção da Accel Partners com sua solução de data labeling (de tratamento e classificação de dados para que LLMs possam gerar conteúdos). A gestora liderou uma rodada de US$ 1 bilhão, com a participação de outros nomes conhecidos (Meta, Amazon, Cisco, Intel Capital, ServiceNow Ventures, AMD Ventures, entre outros).
A CoreWeave está mais para um player de infraestrutura, utilizando as GPUs da Nvidia para montar as nuvens exigidas pelos desenvolvedores dos modelos de GenAI – hyperscaler, como se chama no mercado – e é por isso que ela é vista como uma aposta fundamental para o futuro da IA generativa. Tanto que ela captou US$ 1,1 bilhão em uma série C em maio, liderada pela Fidelity. Além disso, gestoras de private equity como Blackstone, Carlyle e BlackRock colocaram cerca de US$ 7,5 bilhões na companhia, que segundo o mercado, está avaliada em US$ 19 bilhões.
Chegamos ao Top 3, e com o bronze está ele mesmo, Elon Musk. Em maio, a empreitada do excêntrico multibilionário levantou uma série B de US$ 6 bilhões com investidores como Sequoia, Valor e Fidelity, chegando ao valor de mercado de US$ 24 bilhões. Com a injeçãon de capital, a xAI quer se posicionar como o “cérebro” de futuras inovações das empresas de Elon Musk, sendo inclusive a IA responsável pelas interações do recém-anunciado robô humanóide Optimus, da Tesla.
Essa aqui você já esperava, até porque é difícil não ouvir falar de uma empresa cujo valuation é US$ 40 bilhões. Pelo menos é esse o valor que a Anthropic está colocando em sua nova rodada, ainda em negociações. A companhia, que desenvolve uma alternativa de modelos de GenAI ao popular ChatGPT, da OpenAI, já levantou cerca de US$ 7 bilhões junto a nomes como Amazon e Google, e não quer deixar barato, ainda mais depois da “bomba” que a OpenAI soltou ao fazer sua mais nova captação.
US$ 157 bilhões. Não preciso dizer mais nada, né?
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