O Facebook anunciou a criação de salas de bate-papo em áudio para os usuários da rede social. Entenda o que está por trás dessa estratégia.
Facebook (Foto: Pexels)
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Por Rodrigo Fernandes, especialista em estratégia e finanças de negócios digitais
Na realidade, ainda não aconteceu o lançamento de nenhum produto de áudio pelo Facebook, apenas o anúncio de que esses produtos deverão ser lançados nos próximos meses.
No entanto, mesmo sem os itens na mão, dá para a gente tentar fazer um exercício sobre a adequação de produtos de áudio ao Facebook.
O framework de Jobs to be Done oferece um contexto interessante para pensarmos no que está acontecendo.
Em uma das suas formulações mais populares, um JTBD costuma ser descrito da seguinte forma:
When _____ , I want to _____ , so I can _____ .
Ou seja, inicialmente, nós temos um contexto, uma situação ou uma circunstância em específico. Só a partir dela é que pode vir um desejo (ou necessidade), que se satisfeito, vai te levar para um estado ideal.
Via de regra, circunstâncias diferentes irão demandar soluções diferentes -- ou no mínimo, boas adaptações de uma mesma solução.
Para ilustrar essa questão, pense no JTBD que são satisfeitos por bebidas como energético, água, cerveja, suco e água de coco.
Embora todas possam ser chamadas de bebidas, a variação nas circunstâncias faz com que a demanda seja por tipos bem diferentes de bebida em cada situação.
Pois bem, voltemos ao caso do Facebook e seus produtos de áudio.
Em que circunstância o Facebook é usado? Uma pessoa deseja se informar ou se distrair e resolve se colocar em frente a uma tela com uma série de informações.
O consumo de áudio acontece de forma bem diferente -- não seria exagero dizer que até mesmo oposta.
De um modo geral, um sujeito está realizando alguma atividade (seja dirigir, lavar louças ou correr) e gostaria de se "entreter" com algum tipo de som enquanto realiza a sua atividade.
O "entreter" vai entre aspas já que este áudio pode ter um conteúdo informativo ou até mesmo técnico, mas dificilmente vai ser algo mais pesado. Neste aspecto, informação não deixa de ser um tipo de entretenimento.
De fato, o Facebook possui a vantagem não desprezível de já ter sob seu domínio todo o grafo com uma detalhada descrição das interações entre seus bilhões de usuários.
No entanto, o contexto é o que vai falar mais alto nessa conversa.
Deste modo, as soluções que já vem resolvendo os nossos jobs de entretenimento em situações em que a nossa atenção visual não está voltada para uma tela é que talvez sejam os players mais bem posicionados para brigar com a Clubhouse por este mercado.
Em termos concretos, estamos falando dos Spotify's da vida, e não dos Facebook's da vida.
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