A Copa do Brasil mostrou que mesmo com o melhor elenco, liderança tirou do Flamengo sexto título do ano. Entenda
, Jornalista
7 min
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24 set 2023
•
Atualizado: 24 set 2023
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Flamengo, futebol e derrota podem nos ensinar muito sobre liderança, não é? Quando entrevistei Uri Levine, fundador do Waze, ele contou que ter o serviço militar obrigatório em Israel era um dos fatores fundamentais para a base empreendedora que o país criou. No Brasil, ouso dizer que o futebol se tornou uma das premissas que nos aproxima dos negócios também. E o Flamengo nos ajuda a despertar esta discussão, depois da derrota na final da Copa do Brasil contra o São Paulo.
Primeiro, porque o futebol virou uma instituição enorme no Brasil. Além do imaginário, pega no bolso de muita gente. Para você ter uma ideia, apenas nesta temporada, a CBF prevê uma premiação total no valor de R$ 416,9 milhões, distribuídos entre as equipes de acordo com cada fase superada na competição.
Por isso, resolvemos te mostrar como futebol e liderança andam lado a lado.
Para começo de conversa, o clube jamais se classificou ou foi campeão após perder o jogo de ida na condição de mandante em torneios decididos no mata-mata. A pesquisa foi feita pelo Espião Estatístico. Mas tem mais do que tradição por trás disso.
Até porque o time conta com a maior torcida e o maior caixa do Brasil também. Em um universo onde a maioria dos times profissionais têm dívidas milionárias, um estudo do economista Cesar Grafietti aponta que o "fluxo de caixa muito confortável, de um clube que chegou num estágio de maturidade financeira e muita robustez". A dúvida é: o dinheiro está sendo bem aplicado?
28 escalações em 28 jogos parece que tem algo errado. E não precisa ser nenhum expert em futebol para saber isso. A questão é que ele também fica sem base e dados para análise. Como cada evento foi diferente, é difícil analisar a performance. Percebe como isso se conecta com a realidade de muita empresa?
Além disso, os jogadores ficam inseguros. Quem entra na próxima? Quem sai? O que melhorar enquanto equipe? A ruptura frequente quebra possibilidades equilibradas diante das dificuldades, que são construídas em conjunto. Falta empatia com o time e com quem assiste.
Dentre os eventos recentes, destacamos aqui alguns que são chaves para entender o desfecho:
Um ambiente conturbado, sem alinhamento e sem liderança. O Flamengo tem um dos melhores elencos do Brasil, mas conseguiu ser eliminado pela sexta vez em 2023.
Vale ressaltar que a liderança, neste caso, envolve muita gente e a necessidade do diálogo entre diretoria, técnico e jogadores.
A gente sabe, não dá para ganhar todas. O esporte ensina isso, mas nos traz lições preciosas sobre o impacto de uma liderança no resultado. Assim como nas empresas, o primeiro passo é criar e nutrir uma relação sólida e de confiança entre as pessoas do time.
Depois, saber ouvir mais, gerir conflitos e equilibrar as situações e escolhas. Analisar e compartilhar os dados de desempenho para motivar e encontrar novas soluções para que no fim todos tenham cocriado um ambiente saudável.
Ter o melhor time, mas não criar as melhores condições (inclusive psicológicas) para que façam bem seu trabalho não adianta nada.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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