Pix automático e Pix boleto: conheça as novidades anunciadas pelo Banco Central

Um dos produtos nacionais que virou case no mundo das finanças é o Pix. Ele deve ganhar uma extensão na Argentina logo mais, facilitando o pagamento de turistas brasileiros por lá, mas não só: o Banco Central anunciou o estudo de novas possibilidades para a ferramenta, focando em aumentar a capilaridade e possibilidades. 

O principal instrumento de transação em 2022 deve ganhar contornos que melhoram as funções já conhecidas dos usuários, como o débito automático e o boleto, mas que devem facilitar o pagamento. 

Quais as novidades do Pix?

Pix automático

Uma das novidades é o Pix automático, apresentado como uma espécie de débito automático. A diferença é que o modelo atual funciona a partir do convênio entre a prestadora de serviços e os bancos, exigindo que a pessoa seja cliente dos bancos conveniados. Isso é uma barreira. 

• Como funciona o Pix automático? As pessoas vão poder fazer o pagamento direto (no balcão da academia com o celular, por exemplo), trazendo para todo o mercado facilidades que hoje são restritas a contratos bilaterais. Além disso, o Pix automático vai servir para serviço de telefonia, energia, streaming, pagamentos recorrentes e até mesmo para a compra de um produto com parcelamento longo. A ideia é que ele esteja disponível até final do ano.

BolePix 

Como o nome diz, o BolePix é a alternativa ao famoso boleto. 

• Como funciona o BolePix? Com um QR Code, a pessoa consegue fazer o pagamento via Pix, garantindo instantaneidade. O sistema já faz o recálculo dos valores a serem pagos, se preciso, e vai estar disponível para pagamento também aos finais de semana. A previsão é que a iniciativa esteja disponível ano que vem.

Pix garantido

Ainda em fase de desenvolvimento, o Pix Garantido deve estimular a competição para a operação de crédito no ponto de compra. 

Ao Estadão, Renato Dias de Brito Gomes, diretor do Banco Central, diz que “há soluções que (o consumidor) vai finalizar uma compra e a firma liga (conecta) às instituições financeiras que vão oferecer a opção de crédito para a finalização da compra via Pix”. Por enquanto, eles estão monitorando o mercado para entender e definir o melhor modelo. 

Mas enquanto o Pix garantido não vem…

Enquanto o Banco Central não formaliza o Pix Garantido como tipo de pagamento parcelado pela plataforma Pix, o mercado já oferece uma modalidade semelhante de parcelamento de compras. Batizada de Pix Parcelado, ela é disponibilizada por 87,5% das fintechs analisadas pelo Estudo Gmattos BNPL hoje no Brasil. 

Por que importa?

O Pix vem movimentando o mercado brasileiro desde que surgiu, em 2020, e se consolidou bem rápido. Em 2021, quando o Capterra havia lançado seu primeiro estudo com foco no Pix, apenas 7% dos usuários de Pix utilizavam o sistema mais de 20 vezes por mês. Em 2023, 25% dos entrevistados afirmaram usar o Pix com essa frequência. Trata-se de um aumento de mais de 200% entre 2021 e 2023.

Com o aumento do uso, cresce também o aumento da confiança: questionados sobre a opinião em relação ao sistema nos últimos 12 meses, 58% dos entrevistados indicaram um aumento de confiança, 39% mantiveram o mesmo nível e 3% afirmaram que perderam confiança na ferramenta.

E o que está por trás é o crescimento de estabelecimentos que aceitam o Pix como forma de pagamento. Ele movimenta negócios, faz com que o dinheiro caia na hora e já se destaca como ferramenta que impulsiona a bancarização e a inclusão financeira. A pergunta agora é: o que ainda pode vir?

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