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Quantas pessoas trabalham na gig economy no Brasil?

Pesquisa inédita realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela os dados sobre as novas formas de trabalho no país

Quantas pessoas trabalham na gig economy no Brasil?

Entregador do iFood (foto: reprodução iFood)

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A gig economy, também conhecida como “economia autônoma”, é uma tendência mundial que vem ganhando força no Brasil graças aos avanços tecnológicos. O conceito traz uma forma de trabalho mais flexível (e também polêmica), englobando desde a prestação de serviços por aplicativos, como motoristas de Uber e afins, e entregadores de delivery, até o trabalho de freelancers.

Segundo pesquisa inédita realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil já possui cerca de 1,4 milhão de trabalhadores inseridos na gig economy. O número representa 31% do total estimado de 4,4 milhões de pessoas alocadas no setor de transporte, armazenagem e correio no país. E também mostra o crescimento acelerado da gig economy como uma opção de trabalho. Para se ter ideia, em 2016, esse número era de 870 mil trabalhadores. Ou seja, um aumento de 60% nos últimos 5 anos

TRANSPORTE LIDERA

Carro com adesivo da Uber (foto: Getty Images)

As pessoas ocupadas no transporte de passageiros representam a maior parte dos trabalhadores da gig economy. No 1º trimestre de 2016, eram quase 840 mil. No mesmo período de 2018, o número chegou a 1 milhão e alcançou o ápice no 3º trimestre de 2019, com 1,3 milhão de pessoas.

Com a pandemia de Covid-19, houve redução ao longo de 2020, mas o número logo se estabilizou nos 2 primeiros trimestres de 2021, com 1,1 milhão de pessoas ocupadas em transporte de passageiros no regime de conta própria, valor 37% superior ao do início da série, em 2016.

Considerando o transporte de mercadorias na gig economy, a expansão foi muito mais acelerada (mas partindo de um base menor). O número passou de 30 mil trabalhadores em 2016 para 278 mil no 2º trimestre de 2021, crescimento de 979,8% no período.

EXPLOSÃO DOS APPS

Segundo o Ipea, a chamada “explosão dos aplicativos” de transportes permitiu o surgimento de uma gig economy por meio de plataformas digitais, que contribuíram para uma transformação no mercado de trabalho pela substituição de empregos em locais e horários fixos por formas mais flexíveis, com trabalhos sob demanda e remuneração por serviços.

O estudo foi feito com base em dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e na Pnad Covid-19.

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