Consultoria Comp e o fundo Norte Ventures analisaram as faixas salariais dos founders investidos
Leandro Caldeira, CEO do Gympass para a América Latina (foto: divulgação/Gympass)
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5 min
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18 nov 2022
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Atualizado: 19 mai 2023
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Ser o próprio chefe tem suas vantagens e desafios. No caso do fundador de uma startup, pode render até alguns dilemas, que aumentam na hora em que uma rodada de investimento é levantada: com mais dinheiro no caixa, é hora de reforçar seu salário mensal, ou manter o foco e reinvestir no negócio? Aliás, como um fundador de startup deve proceder na hora de definir o quanto ele deve receber?
Para entender melhor as respostas para esta pergunta, o fundo de VC Norte Ventures e a consultoria Comp analisaram a remuneração dos fundadores das startups no portfólio de investidas da Norte. O estudo levou em conta diferentes estágios e runways dos negócios, com o objetivo de dar um panorama mais abrangente.
Segundo apontou o levantamento, quanto mais avançado o estágio da empresa, mais os fundadores tendem a se pagar. Em startups pré-seed, o salário de um founder varia em média de R$ 10 mil a R$ 20 mil, enquanto no seed o teto pode bater os R$ 40 mil. Já em startups que chegaram à captação de uma série A, os salários começam em R$ 10 mil e vão até a casa dos R$ 60 mil.
Para startups com captação de série B, o piso sobe: os fundadores recebem a partir de R$ 25 mil, mas por incrível que pareça, o maior salário não passa dos R$ 50 mil. As médias salariais em cada estágio estão abaixo.
Conforme explica a pesquisa, quanto mais diluído é o fundador, mais rodadas ele já levantou e mais ele se remunera. “É importante destacar como a participação do fundador muda ao longo do tempo. Após duas rodadas de financiamento (seed e série A), é comum que os fundadores possuam 25% a menos de sua empresa (assumindo que haja mais de 2 fundadores, cada rodada de investimento institucional diluindo os fundadores em 15-25% e diluição adicional de patrimônio dada aos primeiros funcionários)”, afirmou a Comp no estudo.
No final das contas, o relatório tirou uma conclusão simples: de acordo com os dados levantados, a remuneração dos fundadores é mais uma arte do que exatamente uma ciência.
“Embora a remuneração em dinheiro esteja moderadamente correlacionada com algumas variáveis, como o estágio da empresa, ainda há uma grande variação em quanto os fundadores decidem pagar a si mesmos, o que depende de inúmeras variáveis externas. Queríamos compartilhar esses dados com o mercado em um esforço para mostrar faixas gerais para ajudar os fundadores a pensar em seus salários, mas sem sermos prescritivos, dadas as nuances que afetam essa decisão”, finalizou a Comp em seus apontamentos.
(Por Leandro Miguel Souza, publicado originalmente em Startups.com.br)
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