O unicórnio recebeu investimento de US$ 300 milhões e foi avaliado em US$ 4 bilhões. Saiba quais são os planos da startup e por que o mercado de construtechs e proptechs está chamando a atenção de investidores.
Gabriel Braga e André Penha, do QuintoAndar (foto: divulgação/QuintoAndar)
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8 min
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28 mai 2021
•
Atualizado: 8 ago 2023
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Por Sabrina Bezerra
O mercado de proptech está a todo vapor na América Latina. A novidade da vez é que o QuintoAndar, unicórnio de imobiliária digital, recebeu a injeção de US$ 300 milhões numa rodada Série E — e quadruplicou o valuation para US$ 4 bilhões. Com o aporte, a startup pretende investir em inovações, impulsionar o crescimento no Brasil e expandir para outros países, começando pelo México. Além disso, ocupou a posição de segunda maior startup do país (o primeiro lugar é ocupado pelo Nubank).
O investimento foi liderado pela Ribbit Capital — que já investiu em empresas como Nubank, Warren e Cora. Também participaram da captação SoftBank Latin America Fund, LTS, Maverick, Alta Park, Dragoneer, Qualcomm, Kaszek Ventures e uma gestora americana de ativos diversificados com mais de US$ 2 trilhões sob administração.
Gabriel Braga, co-fundador e CEO do QuintoAndar, diz em comunicado que, a visão da empresa “é nos tornarmos o destino principal para as pessoas que querem encontrar e conseguir sua casa ideal, seja alugando, comprando ou por meio de outras transações imobiliárias inovadoras que vêm por aí.”
Os investidores estão confiantes no negócio. Nick Huber, sócio da Ribbit Capital, afirma que “estamos muito animados em fazer parte de uma companhia que está redesenhando a indústria com suas soluções inovadoras e a abordagem não convencional de focar primeiro em aluguel para depois se tornar o principal destino para qualquer tipo de transação com imóveis residenciais”. “Estamos confiantes que o QuintoAndar ainda está no início da sua trajetória e que o caminho adiante é bastante sólido para criar uma companhia verdadeiramente grande e inspiradora nas próximas décadas.”
Marcelo Claure, CEO do SoftBank Group International e COO do SoftBank Group, disse estar animado com o negócio. “O QuintoAndar se destacou no Brasil e no mercado imobiliário ao redefinir a experiência de aluguel com sua plataforma. […] E estamos animados em continuar nossa parceria com seu time de talentos globais à medida que revolucionam todos os aspectos do segmento imobiliário.”
Vale dizer que essa é a quinta rodada de investimento da startup — que foi fundada em 2013. A última injeção (Série D) foi feita em 2019, quando a empresa levantou o aporte de US$ 250 milhões. Desde então, o QuintoAndar fez uma série de movimentações: no ano passado, ingressou no segmento de compra e venda de imóveis residenciais — antes atuava apenas no mercado brasileiro de aluguel residencial — e, em março deste ano, fez a aquisição da Casa Mineira, tradicional imobiliária de Belo Horizonte, com 38 anos de história.
Na frente de vendas, atualmente a empresa tem cerca de 60 mil propriedades em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. No quesito aluguel, a proptech tem mais de 100 mil contratos sob gestão e cerca de 10 mil novos aluguéis fechados por mês.
Mesmo em meio à pandemia, as construtechs e as proptechs (empresas de tecnologia voltadas para os setores de construção civil e imobiliária) estão atraindo a confiança de investidores. E os números comprovam: no ano passado, o setor cresceu 23% em comparação com 2019, segundo o Mapa de Construtechs e Proptechs realizado pela Terracotta Ventures, gestora de investimentos em empresas de tecnologia. E a tendência é continuar neste ritmo. Vale dizer que, nos últimos cinco anos, o número de construtechs e proptechs aumentou 235% no Brasil. Os principais polos no segmento estão em São Paulo (339); Santa Catarina (95) e Paraná (87).
A corrida para ser a maior proptech da América Latina está disputada. Isso porque, em março deste ano, a Loft, plataforma digital que usa a tecnologia para simplificar a venda e compra de imóveis, recebeu o aporte de US$ 425 mil — o maior aporte da história do ecossistema brasileiro de startups — e, na época, foi nomeada a maior proptech da América Latina, com valor de mercado de US$ 2,2 bilhões. Após um mês, recebeu a injeção de mais US$ 100 milhões (em extensão da rodada Série D) e o valuation saltou para 2,9 bilhões.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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