Radar de sinais: como mapear prioridades estratégicas em diferentes cenários de inovação

A ambidestria organizacional é um pilar estratégico fundamental para navegar em um mundo cada vez mais orientado pela velocidade das mudanças. 

Equilibrar o olhar para o futuro com os desafios do presente, no entanto, é uma disciplina que demanda metodologias bem definidas — e que está diretamente ligada à capacidade de cada empresa em interpretar sinais emitidos por movimentos de inovação e tecnologia.  

O Flywheel Model da StartSe oferece um framework simples e intuitivo para entender as conexões entre Novas Dinâmicas de Mercado, Novos Modelos de Gestão e Novas Tecnologias. 

Inspirada no modelo clássico proposto por Jim Collins, a Flywheel orienta a visão e o upskilling de líderes e gestores a partir dos impactos e das oportunidades abertas por três eixos de inovação.

Novas Dinâmicas de Mercado são compostas por fatores como alterações em hábitos de consumo e cadeias de negócio. 

Novos Modelos de Gestão incluem novas ferramentas de gestão de governança para lidar com essas transformações. 

Novas Tecnologias, por sua vez, reúnem soluções de inovação disruptivas e incrementais. 

Em meio a todos esses fatores, consolidar o mindset de mudança é o primeiro desafio de jornadas de inovação — e que se torna cada vez mais fácil na medida em que a roda começa a girar em diversos níveis e áreas da organização. 

Com a metodologia estabelecida, o passo seguinte é configurar e ligar o Radar de Sinais que mapeará as tendências mais relevantes para cada negócio e as prioridades estratégicas para o curto, o médio e o longo prazo.  

Nesta fase, líderes e gestores usam os elementos identificados na Flywheel para estabelecer os parâmetros e os movimentos que deverão ser monitorados pelo radar de sinais da empresa, a partir de três níveis de impacto: possíveis, prováveis e inevitáveis.

Mais do que interpretar os sinais emitidos pelo mercado, o radar também é essencial para avaliar a capacidade de cada empresa para lidar com diferentes cenários de inovação — e a urgência necessária para fazer eventuais correções de rotas. 

Vamos a alguns exemplos: a IA Generativa é um sinal forte e que terá impactos inevitáveis em todo e qualquer negócio no curto prazo. Logo, demanda um esforço prioritário de investimentos e desenvolvimento de competências. 

Movimentos como computação quântica e fusão nuclear, por outro lado, possuem alto potencial de disrupção, mas ainda emitem sinais distantes de consolidação. Ou seja: merecem acompanhamento e preparação, mas não demandam planos de ação imediatos. 

Um ponto importante: além dos grandes sinais de mercado, é fundamental observar os movimentos de inovação específicos de cada setor e modelo de negócio. Avanços em biotecnologia e entregas por drones, por exemplo, têm impactos diferentes para empresas de saúde e do varejo.  

Mais do que antecipar tendências, o Radar de Sinais oferece uma metodologia clara aplicável para cultivar uma cultura de ambidestria em diversas pontas de uma organização. 

Uma habilidade que vai muito além da intuição de cada liderança — e que é resultado direto da colaboração entre diversos gestores e áreas de negócio. 

Leitura recomendada 

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