Conheça a história da empresa colombiana que colocou a inovação em seu DNA para se tornar unicórnio.
Sebastian Mejía e Símon Borrero, fundadores da Rappi (foto: divulgação/Rappi)
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Por Belisa Frangione
A Rappi foi fundada na Colômbia, em 2015, pelos empreendedores colombianos Felipe Villamarín, Sebastián Mejía e Simon Borrero. O objetivo era criar uma empresa de tecnologia para tornar mais fácil a vida das pessoas.
Como um superapp com presença em nove países da América Latina e mais de 100 cidades no Brasil, tem como propósito gerar um impacto nas comunidades em que atua, conectando e agregando as pessoas por meio de uma única plataforma.
“Ajudamos cada membro do nosso ecossistema a prosperarem e a fazerem mais aquilo que mais amam. Nós nos esforçamos para facilitar a vida dos nossos usuários, aliados, funcionários e entregadores parceiros e auxiliá-los a alcançar seus objetivos”, declara Sérgio Saraiva, presidente da Rappi no Brasil.
A empresa chegou ao Brasil em 2017 e somente no seu primeiro ano de atividade em solo nacional, os entregadores parceiros da Rappi percorreram mais de dois milhões de quilômetros, segundo os dados da empresa. A quilometragem equivale a quase 183 voltas na lua e 285 idas de Brasília até Bogotá – cidade de origem da startup.
Em 2018, atingiu o valuation de US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos. Com ela, a empresa levantou mais US$ 200 milhões de investidores consagrados, como DST Global, Andreessen Horowitz e Sequoia – estes três entre os principais do mundo.
Em 2020, a Rappi se consolidou como o primeiro e mais completo superapp da América Latina. Essa condição significa que, basicamente, a empresa faz delivery de tudo em minutos.
“Temos a plataforma das plataformas, fortalecendo as funcionalidades de Supermercados e Farmácias e lançamos verticais variadas, como E-commerce, Live Shopping, Chefs, Travel e RappiBank. Essa multiverticalidade significa que temos todos os apps em um só para atender o usuário”, explica o presidente da Rappi no Brasil.
Saraiva define a Rappi como uma empresa que tem o DNA da inovação. “Inovamos porque fomos o primeiro player a trazer o conceito de delivery de nuvem no Brasil. Até então, se um restaurante quisesse fazer um delivery, só conseguiria contratando uma frota própria de entregador”.
A segunda grande inovação foi quando a Rappi trouxe o conceito de delivery geral para o Brasil, como os de supermercado, pet shop e farmácia. O usuário passou a encontrar, em um único lugar, o delivery de todas as opções de que precisa.
“A terceira grande inovação ocorreu quando, há três anos, fomos os pioneiros a falar de superapp no Brasil. Fomos os primeiros a ter verticais com alta frequência”, complementa Saraiva.
Em 2018, lançou o RappiPay, sistema de pagamentos que funciona como uma e-wallet. Com ele, os usuários podem fazer transferências entre si, realizar pagamentos de pedidos e até mesmo efetuar saques usando o sistema de delivery do aplicativo. Pouco tempo depois, o recurso chegou aos estabelecimentos físicos.
A Rappi conseguiu atrair desde o início a atenção de investidores globais. Após o primeiro ano de fundação, a startup foi selecionada pela aceleradora americana Y-Combinator (famosa pelo seu histórico de formar empresas unicórnio, com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão) para participar de seu programa de desenvolvimento de negócios.
Possui a cultura de testar de tudo, de forma muito rápida. Por exemplo, para saber se determinada funcionalidade do app tem aderência com o público, a empresa propõe mais de 10, 15 jeitos diferentes de validar uma hipótese.
A Rappi investe muito dinheiro nos canais digitais para comunicar as funcionalidades e atualizações do aplicativo.
Um dos propósitos da Rappi é escutar muito seus consumidores e ter uma cultura centrada neles, sejam eles o usuário final, o varejista ou entregador parceiro e, com isso, desenvolve uma série de inovações.
“Falamos das soluções focadas no usuário, para o varejo, onde criamos as dark kitchens, para o entregador parceiro, fazemos melhorias no app. Revisitamos todo o formato de onboarding de educação dos primeiros entregadores com o uso de gamificação. Sempre fazemos uma série de iniciativas pensando em nossos usuários”, reitera Saraiva.
“Atuamos como facilitadores de todo o ecossistema e proporcionamos mais segurança e conveniência à população. Nosso negócio é criar um ecossistema, que começa e termina com nosso usuário - somos user centric”, reforça Saraiva.
A Rappi afirma ter pessoas como um diferencial competitivo, buscando profissionais curiosos, que sejam tenazes e com alto grau de energia.
Tem a chamada Mentalidade Blitzscaling. O termo em inglês é título do livro escrito por Reid Hoffman (co-fundador do LinkedIn e investidor) e Chris Yeh (investidor). O Blitzscaling é um conjunto de práticas para estimular e gerenciar o crescimento vertiginoso. “O método prioriza a velocidade sobre a eficiência em um ambiente de incerteza e permite que uma empresa passe de ‘startup’ a ‘scaleup’ em um ritmo furioso que captura o mercado”, explica Hoffman, no livro.
“A gente acredita em ter uma cultura sólida e forte e, mais do que tudo, acreditamos em empreendedores. Pessoas que enxergam oportunidades, constroem áreas, tomam risco e erram muitas vezes, mas mesmo assim estão aprendendo. Temos um mindset focado na ampla autonomia, de forte descentralização e muita agilidade para uma execução rápida”, diz o presidente.
O principal ensinamento é o lado empreendedor. “Quando você é um empreendedor, você está muito mais preocupado em construir a empresa como um todo do que propriamente só garantir a sua área. No fim do dia, estamos fazendo algo para o bem da empresa, o que é muito maior”, reitera Saraiva.
Conhecer a necessidade do usuário de forma inovadora. O aplicativo da Rappi tinha apenas três botões: “supermercado”, “restaurante” e o enigmático, mas estratégico, “qualquer coisa”. Este botão permitia solicitar entregas de unidades que ainda não faziam parte da lista de negócios da Rappi, bem como requisitar ao entregador que fosse, por exemplo, ao shopping buscar um presente de última hora. O botão permitiu conhecer as necessidades dos usuários.
Nome: Rappi
Ano de fundação: 2015
Origem: Fundada na Colômbia, em 2015, pelos empreendedores colombianos Felipe Villamarín, Sebastián Mejía e Simon Borrero, que queriam criar uma empresa de tecnologia para tornar mais fácil a vida das pessoas.
Valor de mercado: Superior a US$ 3,5 bilhões
CEO: Sérgio Saraiva (Brasil)
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