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Redes sociais: por que não colocar todos os ovos na mesma cesta

Quando países começam a banir as redes sociais, é melhor pensar em diversificar

Redes sociais: por que não colocar todos os ovos na mesma cesta

Foto: Pexels

, Colunista

11 min

21 mai 2024

Atualizado: 21 mai 2024

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As redes sociais transformaram radicalmente a forma como nos comunicamos, consumimos informações e fazemos negócios. 

Plataformas como Facebook, X (antigo Twitter), Instagram e TikTok permitem que bilhões de usuários em todo o mundo se conectem, compartilhem experiências e façam sua voz ser ouvida. 

No entanto, essa mesma omnipresença torna essas plataformas alvos potenciais para regulamentações governamentais e até proibições completas, como visto recentemente nos Estados Unidos e no Brasil.

Nos Estados Unidos, a preocupação com a segurança nacional levou à proibição de várias redes sociais chinesas, incluindo o TikTok e o WeChat, sob a administração Trump. 

Alegações de que essas plataformas poderiam estar coletando dados de usuários americanos para o governo chinês foram um dos principais fatores motivadores dessas ações. 

Embora tenha havido debates sobre a eficácia e legalidade dessas proibições, o impacto sobre a percepção do usuário e a confiança no mercado foi significativo.

No Brasil, um cenário semelhante se desenrola com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que sugeriu a possibilidade de banir a rede X, antigo Twitter. 

Sua preocupação é que a plataforma possa ser usada para disseminar desinformação e influenciar negativamente os processos eleitorais.

Ainda que nenhuma ação oficial tenha sido tomada até o momento, a simples menção de uma proibição já é suficiente para semear incerteza entre os usuários e, principalmente, os investidores.

Essas ações levantam uma questão crucial para indivíduos e empresas que dependem dessas plataformas para comunicação, marketing e vendas: o risco de investir pesadamente em uma única rede social. 

Colocar todos os ovos na mesma cesta nunca é uma estratégia sábia, especialmente em um ambiente tão volátil e suscetível a mudanças abruptas de regulamentação como o das redes sociais.

Diversificar os canais de mídia social não é apenas uma questão de proteção contra possíveis proibições. É também uma estratégia de marketing robusta, que permite alcançar diferentes segmentos do público, testar diferentes tipos de conteúdo e mitigar os riscos associados às mudanças algorítmicas que podem afetar drasticamente o alcance e a eficácia das postagens. 

Por exemplo, enquanto o TikTok pode ser excelente para alcançar um público mais jovem com vídeos curtos e criativos, uma plataforma como o LinkedIn é mais apropriada para conteúdo profissional e direcionado a carreiras.

Vamos ver algumas redes sociais e seu público com um pouco mais de detalhamento 

Instagram

O Instagram é uma plataforma centrada em imagens e vídeos, ideal para marcas, criadores de conteúdo e indivíduos que buscam uma interação visualmente atraente. Com recursos como Stories, Reels e posts tradicionais, permite uma comunicação dinâmica e criativa. 

  • Seu público é predominantemente jovem, incluindo millennials e geração Z, tornando-o excelente para marcas que buscam atinigr esse mercado.

Facebook

O Facebook continua a ser uma plataforma versátil, utilizada por uma ampla faixa etária. Contudo, tem sido cada vez mais popular entre adultos a partir de 45 anos, que usam a rede para manter contato com amigos e familiares, participar de grupos de interesses comuns e receber notícias. 

  • Para empresas, oferece robustas ferramentas de marketing e publicidade que permitem segmentar audiências de forma precisa, além de uma plataforma para serviço ao cliente e vendas através de sua integração com o Messenger.

TikTok

O TikTok emergiu como uma força dominante entre as redes sociais, atraindo principalmente adolescentes e jovens adultos, com seu formato de vídeos curtos e altamente engajadores. 

  • É uma plataforma ideal para conteúdo criativo, tendências de moda e desafios virais, oferecendo uma oportunidade única para marcas e criadores alcançarem uma audiência global jovem e energética.

YouTube

Não é exatamente uma rede social, mas acaba ”entrando no bolo”, na hora da divisão dos investimentos.

Maior site de compartilhamento de vídeos do mundo, o YouTube atende a um público diversificado, com conteúdos que vão desde tutoriais educativos a entretenimento e vídeos de opinião. 

  • É particularmente poderoso para marcas e criadores que desejam desenvolver um conteúdo mais detalhado e de formação, proporcionando uma plataforma para construir uma comunidade fiel através de subscrições e interações constantes.

X (antigo Twitter) 

O X, anteriormente conhecido como Twitter, é notável por sua comunicação rápida e pela capacidade de disseminar informações em tempo real. 

É uma rede social essencial para discussões políticas, notícias e entretenimento, atraindo um público que valoriza o diálogo direto e a atualização constante. 

  • Para empresas e figuras públicas, é uma ferramenta vital para gerenciamento de crises, relações públicas e engajamento direto com o público.

LinkedIn

O LinkedIn se destaca como a principal rede social profissional, focada no networking, recrutamento e compartilhamento de conteúdo relacionado à carreira. 

É utilizado por profissionais de todos os setores para estabelecer conexões de trabalho, buscar oportunidades de emprego e promover discussões sobre tendências da indústria. 

  • Para empresas, o LinkedIn é uma ferramenta inestimável para branding corporativo, recrutamento e marketing B2B (business-to-business). Seu público é composto principalmente por profissionais e tomadores de decisão, o que o torna ideal para campanhas de marketing direcionadas e para estabelecer autoridade no setor.

O LinkedIn oferece um ambiente onde o conteúdo é tipicamente mais formal e informativo, ideal para construir credibilidade e mostrar expertise em um campo específico.

Afinal, porque diversificar o uso das redes sociais? 

A diversificação ajuda a construir uma presença online mais resiliente. Se uma plataforma altera suas políticas de conteúdo ou algoritmo, ou se torna menos popular com o tempo, a presença em outras plataformas garante que a comunicação e o engajamento com o público continuem sem interrupções. 

Isso é crucial para manter a relevância digital em um mundo onde as tendências das redes sociais podem mudar rapidamente.

Empresas e profissionais de marketing digital devem, portanto, considerar construir uma estratégia de mídia social que inclua várias plataformas, adaptando o conteúdo ao público e às características específicas de cada rede.

Isso não só protege contra o impacto de possíveis proibições, mas também otimiza o alcance e a eficácia das campanhas de marketing online.

Contudo, não faz sentido estar no TikTok, por exemplo, se o seu produto for para o público 60+. E assim por diante. 

É preciso selecionar bem as redes que a sua empresa vai utilizar e o tipo de conteúdo para cada uma delas. Também não é recomendável estar em todas, a não ser que seja uma empresa enorme e com fit para isso.

Em suma, enquanto as redes sociais oferecem oportunidades incríveis para crescimento e engajamento, também apresentam riscos significativos. 

A volatilidade do ambiente regulatório global e a possibilidade de proibições abruptas exigem uma abordagem mais cautelosa e diversificada.

Portanto, é prudente não depender excessivamente de uma única plataforma, mas sim criar uma estratégia equilibrada e adaptativa que possa resistir a tempestades regulatórias e aproveitar ao máximo as oportunidades em múltiplas frentes. 

Com essa abordagem, tanto indivíduos quanto empresas podem garantir que sua presença digital seja tanto resiliente quanto eficaz, não importando as mudanças no panorama das redes sociais.

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Executiva de Marketing, com mais de 20 anos de experiência, tanto online quanto offline; com atuação internacional em diversos países. Escreve na StartSe sobre as principais tendências do setor.

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