Fique por dentro das principais lições tiradas do livro "AI 2041 - Ten visions for our future" que aponta as grandes transformações que a inteligência artificial trará para o mundo
Capa do livro A1 2041 na mesa (foto: montagem/Zia King/Unsplash)
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Por Cristiano Kruel
Kai-fu Lee, o empreendedor e investidor chinês, ex-presidente do Google China e expert em AI utiliza neste livro contos de ficção científica (co-autor Chen Qiufan) para propor uma visão realista da Inteligência Artificial (IA). Ou seja, como ele explica, narrativas de tecnologias que já existem ou que podemos razoavelmente esperar que amadureçam nos próximos 20 anos (motivo do livro se chamar AI 2041).
Você encontra o livro para compra na Amazon, por enquanto apenas em inglês.
As Fintechs baseadas em IA vão superar as tradicionais pois vai entregar melhores resultados financeiros, transações instantâneas e custos mais baixos. Algoritmos treinados em um oceano de dados irão descobrir correlações imperceptíveis e incompreensíveis aos seres humanos. Observem a Insuretech Lemonade.
Sabemos que as falhas da educação de hoje é ser um modelo único para todos; sabemos que cada aluno é diferente e é caro países e regiões pobres escalarem um aluno por professor; Talvez a grande oportunidade de IA na educação seja a educação individualizada.
Se olharmos de 2041 para trás vermos que a saúde será a indústria mais transformada por IA; Hoje custa U$ 1 bilhão e leva vários anos para criar um remédio ou vacina, e isto vai mudar radicalmente (conheca o Alphafold). Cirurgias assistidas por robôs foram de 1,8% do total de cirurgias (2012), para 15,1% (2018). IA será a alavanca destas mudanças todas.
Os americanos dirigem em média 8,5 hora por dia, e mais de 3,8 milhões de americanos trabalham dirigindo caminhões ou taxis, e muitos mais se considerarmos motoristas de aplicativos, para correios e logísticas diversas. Apesar de todos os avanços da tecnologia dos Veículos Autônomos (AV) está não deverá alcançar a maturidade até 2041, ou seja, teremos que esperar mais para ver os automóveis realmente andando sozinho em larga escala. Mesmo que a tecnologia já vai estar a muito tempo sendo desenvolvida, pois serão 32 anos desde que o Google iniciou seus esforços comerciais em AVs, e 52 anos desde que a Univ. Carniegie Mellon demonstrou num trabalho acadêmico um AV funcionando numa estrada.
Sites e Apps serão obrigadas por lei a instalar software anti-fakes (assim como precisamos anti-virus hoje em dia). Um novo ataque com IA será o “poisoning”: um processo para “envenenar” os dados utilizados para criar os algoritmos.
Microsoft fechou negócio com o exército americano (US Army) no valor de USD 22 bilhões para fornecer nos próximos 10 anos a solução Hololens (eXtended Reality) para treinamento militar em situações de risco, compartilhamento de informações e tomada de decisões. Acredito que lentes de contato (XR) poderá ser a primeira tecnologia XR a alcançar uma aceitação em massa.
Como disse o famoso físico teórico Richard Feynman em 1980: “Se você quer criar uma simulação da natureza, é melhor que o faça com a “mecânica quântica”. Computadores Quânticos (CQ) irão permitir modelar muitos fenômenos naturais complexos que não é possível fazer com computadores clássicos… como entender mudanças no clima, prever riscos de pandemia, inventar novos materiais, explorar o espaço, modelar nosso cérebro e (até) entender física quântica.
A Covid-19 acelerou a digitalização das empresas, o que fará RPA (Remote Process Automation) e outras tecnologias ainda mais fáceis de implantar, o que vai acelerar a substituição dos empregos. A substituição causada por IA será gradual, mas eventualmente também será total. O trabalho humano do futuro terá mais: Criatividade, Empatia e Destreza. Com o correto treinamento e as ferramentas certas, podemos esperar uma nova renascimento liderado pela IA que vai permitir e celebrar a criatividade, compaixão e humanidade. Inteligência Humana (IH) utilizada ao que interessa e cria verdadeiro valor.
Em 2041, in sociedades mais saudáveis, as pessoas irão descobrir que a sua definição de felicidade está evoluindo a medida que as pessoas vão avançar de uma felicidade hedônica (prazer e alegria) para uma felicidade eudaimônica (significado e propósito).
Veremos surgir a Nova Economia da Plenitude. Em 2020 os USA descartou $218 bilhões em alimentos, enquanto o custo para eliminar a fome é estimado em $25 bilhões por ano. Nos USA existe 5x vezes mais casas desocupadas que pessoas homeless. Precisamos encontrar um modelo econômico que é subordinado as necessidades humanas e não as ganâncias humanas. O que farão as pessoas quando IA nos levar para um mundo de abundância e “pós-escassez”? Quando quase tudo for praticamente grátis qual será o propósito do dinheiro?
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