Manter a cultura viva e o bom desempenho no trabalho remoto se tornou um desafio, mas que vem sendo enfrentado com criatividade e inovação pelas empresas - usando o metaverso
, Jornalista
8 min
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27 jul 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Camila Petry Feiler
Saudades das interações no escritório? Talvez você nem precise voltar ao presencial para isso. Muitas empresas estão apostando em reuniões e formações no metaverso, mostrando que este universo deixou de ser ideia de ficção científica há tempos.
A ideia é entregar uma experiência mais próxima do que nas reuniões em aplicativos como o zoom, mantendo a equipe mais próxima e cocriando em um espaço que remete ao real.
Afinal, o metaverso é um ambiente imersivo e está caminhando para ser cada vez mais realista – a gente explica direitinho aqui, dá uma olhada. E por mais que as pessoas ainda estejam entendendo o que vai ser este ambiente virtual, as empresas estão se arriscando, testando e colocando a mão na massa para criar experiências melhores para os colaboradores.
A weme, uma consultoria de design e inovação, está prototipando uma experiência imersiva pelo Gather e teve a pandemia como pontapé inicial.
Pra você ter uma ideia, o Gather Town é uma plataforma que permite o encontro de pessoas num ambiente virtual – ela relembra a estética do jogo Pokemon Go, mas com outros fins: melhorar a experiência das reuniões virtuais nas empresas. Ou seja, nada muito complexo, mas que tem feito uma grande diferença.
“Trouxe um dinamismo surreal para o meu Home office. Mesmo sozinha em casa, consigo ver os avatares das outras pessoas andando, consigo esbarrar neles, consigo ‘passar na mesa de alguém’”, explica Thu Oliveira, head de marketing da weme.
A estratégia é manter a cultura da empresa viva mesmo no remoto, garantindo que a equipe siga unida e conectada ao propósito. Thu conta que o “destaque fica, sem dúvida, nesse dinamismo e nessa sensação de que, mesmo em lugares diferentes, estamos todos dentro de um mesmo universo.”
E tem até o cafézinho – porque nem só de reunião se vive no metaverso, não é mesmo? Thu criou um espaço para unir seu hobby com o trabalho.
Marcos Guerin, desenvolvedor 3D da Village Meta tinha acabado de idealizar a empresa quando o Facebook mudou de nome para Meta, o que facilitou em muito apresentar as soluções do negócio.
O que ele cria é um espaço que une educação e negócios, fortalecendo a formação dos futuros empreendedores dentro do metaverso e criando espaço para que as empresas possam fomentar a formação dos colaboradores também no universo virtual.
“Os treinamentos são muito caros para as empresas e demandam um esforço muito grande. Você não consegue garantir a prática durante o experimento. Mas quando a gente padroniza e traz para o digital, é possível ter métricas do que foi absorvido, evitando deslocamento, riscos e ganhando em aproveitamento”, conta Marcos.
As mudanças estão acontecendo, existe uma demanda do mercado e exigência dos talentos, e as empresas precisam manter um ritmo de inovação para garantir seu lugar. “Para as empresas e para as instituições é impossível fugir de algo que está se tornando o futuro. É inevitável, então a gente tem que estar junto e à frente fazendo com que essa nova realidade aconteça”, explica Marcos, que entende a modalidade como um modo de fortalecer a conexão entre pessoas indo além da tela 2D.
E opções não faltam: Decentraland, Cidade Alta, Somnium Space, Meta Horizon Worlds, Gather Town ou mesmo o Village Meta, o importante é entender o que funciona melhor na realidade da sua empresa e como garantir que todas as pessoas vão acessar -- para Marcos, o óculos de realidade virtual hoje é um plus, nem precisa dele para começar a rodar no metaverso.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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