Você sabia que os relógios inteligentes podem fazer até eletrocardiogramas? Entenda as funções disponíveis e a importância do uso de dados na saúde
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5 min
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28 set 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas.
Contar o número de passos e as calorias gastas são funções básicas de qualquer smartwatch. Atualmente, os relógios inteligentes vão muito além: eles são capazes de realizar eletrocardiogramas, medir a qualidade do sono e até identificar acidentes e ligar para a emergência.
Não por acaso, os relógios inteligentes continuam a ser o maior destaque do setor de wearables (embora grandes empresas já estejam lançando também os óculos inteligentes). No segundo trimestre deste ano, as vendas dos smartwatches cresceram 27% em comparação ao ano passado, de acordo com a Counterpoint Research.
Ao longo do caminho, eles também ganharam relevância porque se provaram importantíssimos desde a detecção de doenças ao diagnóstico de emergências. Agora, ao invés de realizarem exames apenas em ambiente hospitalar, os pacientes podem munir os médicos de dados coletados 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Sim, o mesmo relógio que você utiliza para visualizar suas notificações do smartphone também pode (provavelmente) medir seus batimentos cardíacos e realizar um exame médico quase completo. Atualmente, a maioria dos relógios inteligentes focados em saúde possuem a aferição dos batimentos cardíacos. Já existem, inclusive, relatos de usuários que perceberam quadros de taquicardia após aviso do smartwatch.
A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, permite, desde o ano passado, que os relógios Apple Watch (a partir da série 4) e Galaxy Watch, da Samsung (a partir da série 3) realizem eletrocardiogramas. A expectativa é que os exames possam ser utilizados em emergência médica ou na detecção de anomalias, mas que não devem ser usados em caso de quadros médicos de arritmia, diabetes, entre outros.
Junto aos eletrocardiogramas, a Anvisa também liberou a medição da pressão arterial dos usuários através de relógios da Apple e Samsung. Os mesmos sensores de monitoramento da frequência cardíaca podem monitorar a pressão arterial através das ondas de pulso.
Em um estudo recente, a Samsung divulgou que a análise da pressão arterial pode ajudar pacientes com Doença de Parkinson. O dispositivo auxilia no gerenciamento da hipotensão ortostática, uma forma de pressão arterial baixa apresentada por alguns pacientes. A análise está disponível no Galaxy Watch 3, Galaxy Watch 4 e Galaxy Watch Active 2, da Samsung.
Os dados podem ser disponibilizados com médicos através de PDFs.
A maioria dos relógios inteligentes também possuem funções para medir a qualidade do sono. O usuário pode dormir utilizando o dispositivo e, ao acordar, analisar a média de tempo que dormiu, verificar índices de sono leve e profundo, se há roncos, se despertou durante a noite, entre outros.
A função geralmente existe nos smartwatches, relógios mais complexos, e smartbands – que são mais simples e focados em saúde.
Com a pandemia do novo coronavírus, cresceu a procura por oxímetros para medição da oxigenação do sangue. Atualmente, diversos smartwatches oferecem essa função: Band 5, da Amazfit (uma subsidiária da Xiaomi); Garmin Forerunner 245 e Apple Watch Series 6.
Leia também: Wearables: como o médico conhece seu paciente através de IoT
Embora o estresse seja uma condição muito ligada ao emocional, o corpo traz sintomas que alguns smartwatches são capazes de identificar. Os modelos Inspire 2, Versa 3 e Sense, da Fitbit (empresa de smartbands comprada pelo Google), medem a atividade eletrodérmica do usuário.
Na prática, é analisada a condução de eletricidade pela pele (índice que varia de acordo com o nível de suor), o que pode indicar o nível de estresse.
Os relógios inteligentes também são capazes de monitorar e realizar previsões de ciclos menstruais. Para isso, é necessário que a usuária forneça algumas informações, como o início do ciclo, sangramentos, etc. A partir dessas informações, o relógio entende o ciclo atual e calcula como serão os próximos, podendo oferecer notificações de dias férteis, início da menstruação, entre outros.
O Apple Watch 6 e Xiaomi Mi Band 5 são alguns dos relógios que possuem a função.
O uso de smartwatches não está ligado apenas à saúde, mas também à prática de esportes. Algumas versões do dispositivo possuem a função de identificar quedas bruscas -- e há relatos de momentos em que isso salvou a vida dos usuários.
Neste ano, um Apple Watch identificou que Mike Yager, de 78 anos, havia caído e desmaiado. Ele estava sozinho no momento; o relógio detectou que o usuário ficou imóvel após a queda e enviou uma mensagem de socorro a bombeiros em Summerfield, na Carolina do Norte, Estados Unidos.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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