Gigante chinesa atinge novo marco, agora como instituição de pagamento, e ganha espaço, confiança e valor em terras tupiniquins
Celular com logo da Shopee (foto: reprodução)
, Jornalista
4 min
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3 mai 2022
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Atualizado: 19 mai 2023
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Por Camila Petry Feiler
A partir de agora, a SHPP Brasil, do varejo online Shopee, poderá operar como instituição de pagamento. De acordo com a definição do Banco Central, a gigante chinesa está apta a "gerenciar conta de pagamento do tipo pré-paga, na qual os recursos devem ser depositados previamente."
A autorização elenca uma nova fase da gigante chinesa, que já vinha voando como app de compras mais baixado do país no ano passado, com mais de 100 milhões de downloads, segundo dados da EmizenTech. Em pesquisa recente da Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre pagamentos móveis e comércio móvel, a Shopee assume o topo do ranking quando a pergunta é “qual o app você mais usa para realizar compras pelo smartphone?”. A ideia agora é ampliar a oferta de serviços financeiros, gerando novas fontes de receita para a empresa.
Entretanto, concorrentes do setor como Magazine Luiza e Americanas têm permissão para oferecer crédito, alternativa que não foi desbloqueada para a Shopee como instituição de pagamento. Isso basta para os tradicionais varejistas brasileiros?
A Shopee está cada vez mais popular entre os brasileiros e busca se livrar do rótulo de venda exclusiva de produtos asiáticos baratos. O que não é à toa: hoje, as vendas por lojistas nacionais representam 87% contra 13% de importados, de acordo com levantamento feito pela Folha de São Paulo. Em relatório, o Goldman Sachs projetou que a participação de mercado da varejista asiática na América Latina poderá chegar a 20% já em 2025.
A confiança dos consumidores também aumenta, o que alerta os concorrentes. Isso foi um dos fatores que afetou o Magazine Luiza, marcando um efeito pendular na pandemia, por exemplo. Agora o governo federal está preparando uma medida provisória para taxar produtos de baixo valor que são vendidos em apps de compra internacional. A proposta é que toda mercadoria comprada nessas plataformas pague 60% de impostos.
Do outro lado, a Shopee vem se munindo: ao superar a marca de 1 milhão de vendedores parceiros no marketplace, ela anunciou a abertura de um centro de distribuição no interior de São Paulo. Agora, além do primeiro escritório que emprega 1500 pessoas na operação no Brasil, a Shopee anuncia um segundo endereço em São Paulo. Em entrevista ao Estadão, a líder de recursos humanos da empresa, Karina Hartung afirma que a Shopee é brasileira: “temos operação no Brasil desde 2019, com CNPJ e sede na cidade de São Paulo.”
Com o avanço e ampliação dos serviços enquanto instituição de pagamentos, ela avança em áreas já desbravadas por outros varejistas, melhorando a experiência de vendedores e compradores. Além disso, vem fidelizando clientes, ganhando com forte investimento em mídia e trazendo tendências do e-commerce na China, se destacando no cenário brasileiro junto com conterrâneas como Shein e Aliexpress.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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