As empresas afetadas pela quebra do Silicon Valley Bank

A Intervenção e bloqueio das contas no SVB (Silicon Valley Bank) deixou em pânico o mundo tech, startups de todos os tamanhos, seus founders e funcionários.

A Roblox disse ter 5% dos seus US$ 3 bilhões de caixa em depósitos no SVB. A Roku Inc. US$ 487 milhões dos seus US$ 1,9 bi. A Rocket Lab uns US$ 38 milhões. A BlockFi, do mundo cripto que estava em recuperação, disse que tinha US$ 227 milhões.

O CEO da Y Combinator, super incubadora/investidora de startups early-stage, vem tuitando que a situação é dramática: 30% da startups investidas pela YC com dinheiro no SVB dizem não ter como honrar a próxima folha de pagamento.

A Rippling, startup que processa folhas de pagamento para outras startups, e usava serviços do SVB, não conseguiu pagar os salários dos funcionários de seus clientes na fatídica sexta-feira (estima-se que a startup processe US$ 10B em salários).

A Brex, dos geniais meninos brasileiros, recebeu um grande volume de novos clientes e depósitos fugindo do SVB. Mas uma hecatombe no ecossistema de startups não é bom para ninguém, e o efeito dominó acaba atingindo trabalhadores no mundo inteiro.

Até na China

O impacto vai da China (em especial startups de Biotech) até o Brasil. A indústria estima que 90% das startups brasileiras com offshore tinham dinheiro no SVB – pois este era o banco típico dos fundos de VC.

No total, o SVB deve ter uns $200 bilhões em depósitos/dívidas. O FDIC (órgão regulador americano) garante segurado apenas $250 mil por conta/cliente.

Nos resta solidarizar com centenas de milhares de pessoas e torcer para uma solução.

Lembro agora o que aprendi: “O que mata uma startup é ter dinheiro demais, mas ela morre quando acaba o dinheiro”.