O burnout não é apenas um problema individual, mas também um desafio para as empresas. A perda de produtividade, o aumento do absenteísmo e a alta rotatividade são apenas algumas das consequências.
Cansado, triste, trabalho (Foto: pixelfit via Getty Images)
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6 min
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26 set 2024
•
Atualizado: 30 set 2024
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Você sente esgotamento do trabalho? Está com o sono desregulado e se alimentando mal? Negligencia as atividades que antes tinha prazer em fazer? Esses são alguns dos sintomas da Síndrome do Burnout.
Não é novidade pra ninguém que o trabalho ocupa boa parte das nossas vidas.
Mas, afinal, o que é a Síndrome do Burnout? Quais são os principais sintomas? E o que as empresas podem fazer para não reproduzir comportamentos que levem os funcionários a esse ponto?
A OMS (Organização Mundial da Saúde) define a Síndrome de Burnout como um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante.
De acordo com Inês Hungerbühler, psicóloga e expert em saúde mental na Wellz, em entrevista durante o Health Innovation Day, o Burnout é um estresse no ambiente de trabalho que não foi gerenciado nem pelo líder, nem pela organização, nem pelo próprio indivíduo. O ponto chave aqui é, portanto, a falta de gestão.
Segundo Inês, os sinais do Burnout não aparecem do dia pra noite. É um desenvolvimento gradual que começa geralmente no cognitivo. “Primeiro, acontece esse shift para uma ambição, para uma sobrecarga de responsabilidades, para uma dificuldade de falar não”, comenta ela.
Depois, o shift passa a ser de valores: “Antes você valorizava, talvez, fazer atividades físicas três vezes por semana ou passar quinta à noite com seus amigos, tudo isso vai diminuindo”. Ou seja, você passa a restringir os momentos de lazer e ócio.
Além disso, o sono e a alimentação também são prejudicados. Quando estamos estressados, tendemos a consumir açúcar e gordura em excesso, por exemplo. Esse mesmo estresse emocional também impacta diretamente a nossa qualidade de sono - dormimos pouco e mal.
E isso vai evoluindo para uma impaciência anormal, dores físicas, até chegar em sintomas muito parecidos com os de depressão: falta de perspectiva, tristeza profunda, angústia ou sentimento de vazio e desesperança.
“A empresa, em si, pode construir várias políticas que protegem o funcionário de uma cultura de Burnout”, comenta Inês.
Aqui vão alguns exemplos:
“O futuro do saúde mental é a humanização e a flexibilidade", Inês Hungerbühler.
A promoção de uma cultura anti-burnout é um investimento estratégico que traz diversos benefícios tanto para os funcionários quanto para a organização. Pode gerar, entre outras vantagens:
Sobretudo, promover uma cultura anti-burnout é importante pois os colaboradores são, antes de qualquer coisa, pessoas. Todos têm uma casa, uma família, uma vida fora do ambiente corporativo.
E, por isso, merecem ter sua saúde mental preservada, não só para aumentar a eficiência no trabalho, mas para que não se esqueçam que são alguém fora dele.
Veja o vídeo da entrevista completa:
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Produtora de conteúdo multimidia que escreve sobre carreira, negócios e tecnologia na StartSe.
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