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Hey, Siri: saiba como a assistente da Apple foi criada

Você sabia que a gigante da tecnologia não foi a inventora? Conheça a história da assistente virtual Siri.

Hey, Siri: saiba como a assistente da Apple foi criada

Apple Siri (foto: Omid Armin/Unsplash)

, jornalista

6 min

20 set 2021

Atualizado: 24 abr 2024

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Não. A Siri não foi criada pela Apple. 

  • A assistente virtual é resultado de um projeto feito, em 2007, pela SRI International, instituto de pesquisa sem fins lucrativos, em parceria com a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos e o EPFL, organização suíça de tecnologia.

O que você não sabe sobre a história da Siri

Mas a história da queridinha do iPhone começou antes, em 2003, com o nome Calo (Cognitive Assistant that Learns Organizes) — e nada tinha a ver com a empresa de Steve Jobs.

À época, o sistema de Inteligência Artificial foi pensado para controlar mísseis. Foi um dos maiores projetos do segmento patrocinados pelo governo americano, que desembolsou cerca de US$ 150 milhões.

A ideia era criar um software "capaz de aprender, explicar, ouvir e responder os usuários", diz a SRI International. 

“Os próprios pesquisadores usaram a tecnologia durante o desenvolvimento para focar o estudo em problemas reais e garantir que a privacidade e segurança fossem atendidos”, completa.

COMO SURGIU A SIRI?

Depois de cerca de 5 anos de estudos, os pesquisadores avaliaram as inúmeras possibilidades de inserir a tecnologia em dispositivos. Uma delas, foi aplicá-la nos celulares.

Algumas empresas como Motorola e Verizon mostraram interesse no sistema, mas as negociações não avançaram. Então, a startup Siri Inc, fundada por Dag Kittlaus, Adam Cheyer e Tom Gruber, criaram — com base no sistema — a assistente virtual Siri.  

O negócio chamou a atenção de investidores e recebeu o aporte de US$ 8,5 milhões das empresas de capital de risco Menlo Ventures e Morgenthaler e US$ 15,5 milhões de investidores como Li Ka-shing.

Quer aprender como os criadores tiveram o insight? Participe da palestra de Gruber durante o SVWC 2021, evento da StartSe, que acontece a partir de 18 de outubro. Saiba mais aqui.

O que é a Siri?

Trata-se de uma assistente virtual inteligente que funciona nos aparelhos da Apple. 

  • Ela ajuda você a realizar tarefas, como: configurar o alarme, criar compromissos na agenda, ligar para alguém, entre outros. 
     
  • A Siri também responde às perguntas. Contudo, para funcionar, é preciso ter acesso à internet.

As tecnologias por trás da assistente virtual são: interface conversacional, consciência do contexto pessoal e delegação de serviço.

+ Artigo: Os 4 setores mais promissores para uso de inteligência artificial no Brasil

E A APPLE NESSA HISTÓRIA?

  • Foi no dia 28 de abril de 2010 que a Apple decidiu comprar a Siri. No entanto, só passou a funcionar em outubro do ano seguinte, como um recurso do iPhone 4S.
     
  • A partir de então, a gigante da tecnologia fez uma série de melhorias no sistema. Comprou até a VocalIQ, startup britânica que cria softwares de inteligência artificial.
     
  • Mas você se engana se pensa que não teve polêmica. Em 2019, foi revelado na imprensa, que os funcionários da companhia escutavam as gravações de usuários feitas pela Siri.
     
  • Foi um auê. Colocou em dúvida a privacidade dos usuários. A empresa, por sua vez, disse que tratava-se de um programa de melhoria. 
     
  • Ou seja, eram analisados para ajudar a assistente a compreender melhor. Após a polêmica, o programa chegou a ser suspenso.

POR QUE IMPORTA?

Que o mercado de inteligência artificial está em polvorosa não é segredo. E a Apple sabe muito bem disso. Em um relatório feito pela CB Insights, em 2019, mostrou que a empresa de Steve Jobs — comparada com outras gigantes da tecnologia — é a que mais compra companhias de inteligência artificial desde 2010 — ano de aquisição da Siri — saindo na frente do Google, Microsoft, Facebook e Amazon. A compra dessas empresas, muitas vezes, ajudam as gigantes a escalar as inovações em IA. Como foi o caso da Siri.

A Apple é a que mais compra companhias de inteligência artificial desde 2010 (Foto: Divulgação CB Insights)

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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.

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