Compra da RHGestor é a terceira aquisição da Sólides em dois anos, e amplia o leque de atuação da companhia para empresas de maior porte; entenda
Sólides compra a RHGestor de olho nas médias empresas
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8 min
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16 set 2024
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Atualizado: 16 set 2024
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Menos de seis meses depois de comprar a área de folha de pagamento da 2easy, a Sólides mostra que pegou gosto por esse trem de aquisições, como se diria lá em Minas, e está de volta à mesa. O alvo agora foi a paranaense RHGestor, que desenvolve ferramentas para processos de RH e gestão de pessoas.
A companhia chega para expandir a atuação da hrtech mineira, dando a ela entrada nas médias e até nas grandes empresas – com mais de mil funcionários. “O mercado tem batido muito na nossa porta por conta de um espaço que existe nas ofertas. Existe uma demanda reprimida nas médias empresas que não era atendida. Agora a gente preenche essa lacuna”, disse Mônica Hauck, cofundadora e CEO da Sólides, ao Startups. Não há um número concreto de quantas empresas médias existem no Brasil. Mas a estimativa é que existem mais de um milhão de negócios nesse patamar de tamanho.
Nascida em 2019, a RHGestor tem 75 funcionários e uma carteira de mais de 500 clientes, com nomes como Gazin, Slaviero Hotéis e Unimed Paraná na lista. São 250 mil vidas na plataforma. Nos últimos dois anos a companhia cresceu seis vezes e apresenta lucro. Sem investidores externos, ela já participou dos programas de aceleração da SAP, Evoa e da Andrade Gutierrez, e faz parte das comunidades do Cubo e da HotMilk.
O valor da compra não foi revelado, mas contou com uma parte significativa em dinheiro e o restante em ações. Com isso, César Carvalho e Wilson Teixeira, fundadores da RHGestor, permanecem na Sólides tocando uma nova unidade de negócios batizada com o nome da companhia. Segundo Mônica, a integração do negócio será muito tranquila porque a RH já compartilhava muito da visão da companhia. “Eles já eram Sólides e não sabiam. Até a cor é igual. Foi legal ver tanta identificação”, brinca.
As negociações da operação foram lideradas pela equipe de M&A interna da Sólides. A companhia não abriu o nome de advisors externos que participaram do processo.
De acordo com Mônica, além de abrir a possibilidade de um novo perfil de clientes serem atendidos, a RHGestor também trará outros dois benefícios para a Sólides. O primeiro é a possibilidade de cross sell com as ferramentas de folha de pagamento incorporadas no começo do ano. Para a fundadora, o timing de ter a integração de duas aquisições acontecendo ao mesmo tempo foi bom por conta da complementariedade. “O público da RH é muito sensível a folha”, avalia.
A outra vantagem é permitir que o tempo de permanência dos clientes da base seja ampliado. A Sólides nasceu e, segundo sua fundadora, se mantém fiel à tese de ter uma oferta tudo em um direcionada e pequenas e médias empresas. E contando que essas empresas vão crescer, é preciso ter ofertas que atendam suas novas realidades. Assim, com um portfólio mais amplo, é possível aumentar o tempo de permanência dentro de casa (o famoso LTV). “Nunca acreditamos em um produto que atendesse todo mundo. A visão é de uma continuidade muito natural. O plano de integração será muito fluido. Quando começar a precisar de funcionalidades novas, vai liberando”, contou Mônica.
Atualmente a Sólides tem uma carteira de 30 mil clientes (o triplo de dois anos atrás). Segundo Mônica, são 1,3 mil novos clientes adicionados por mês. Perguntada sobre projeção de crescimento com a incorporação da RHGestor, ela não deu detalhes numéricos, mas disse que o objetivo é manter um ritmo de crescimento “muito agressivo”. A expectativa é chegar a mil funcionários.
A estratégia de expansão e de aquisições da Sólides é turbinado pela rodada de R$ 530 milhões que a companhia captou com com a Warburg Pincus em 2022. “O melhor investimento que eu conheço são as ações da Sólides. Estão rendendo muito mais que o CDI”, brincou Mônica. Além da incorporação de negócios já existentes, a companhia tem criado produtos novos internamente, como o seu cartão de benefícios, de olho em uma entrega tudo-em-um para as empresas.
De acordo com a fundadora, a Sólides pegou o jeito de fazer aquisições. A primeira operação, a incorporação da Tangerino, por exemplo, levou a companhia a dobrar de tamanho nos dois anos que se seguiram à operação. E mesmo depois do período de earn out ter passado, os fundadores continuam por lá. Segundo ela, o radar continua ligado para novas operações. “Conseguimos receber mais gente. Boa oportunidade a gente não deixa passar”, comentou. Não há, no entanto, pressa para fechar novos negócios. Tudo será feito com critério para garantir escolhas certeiras, segundo Mônica.
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