App de músicas anuncia plataforma de assinatura para podcasters e promete criar modelo de monetização para o mercado.
Spotify
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Por Alberto Cataldi
O Spotify pode ter começado sua história como um app de streaming de música onde o grade trunfo eram as playlists temáticas. Mas isso mudou nos últimos anos, e a empresa tem investido cada vez mais em um modelo que coloca os podcasts no centro da experiência. Agora, ela quer ajudar a fazer isso tudo virar dinheiro e lançou um recurso para que criadores de podcasts possam oferecer assinaturas dos seus programas.
Criadores que usem a plataforma Anchor – que permite editar e gerenciar podcasts – poderão marcar episódios de seus podcasts como exclusivos para assinantes e assim receber um pagamento por eles. A assinatura será feita através do próprio Spotify, que está oferecendo o serviço gratuitamente para os podcasters. Além disso, a empresa promete transferir 100% dos lucros das assinaturas para os criadores pelos próximos 2 anos. A partir de 2023, haverá uma taxa de 5% por cada transação.
Os podcasts exclusivos para assinantes continuarão disponíveis nas buscas do Spotify, a única diferença é que será necessário assinar para dar o play nos episódios.
Por enquanto, o serviço estará disponível apenas nos Estados Unidos, mas chegará ao mundo todo nos próximos meses.
O ousado movimento do Spotify tem um rival claro: a Apple, que domina o mercado de podcasts há mais de uma década. A gigante da maçã já havia anunciado um novo modelo de assinaturas para a sua própria plataforma, a fim de manter sua liderança de mercado e criar modelos viáveis de monetização para quem faz podcasts.
Essa liderança, porém, não é mais tão garantida. Em 2020, enquanto a Apple contava com 27,6 milhões de ouvintes de podcasts nos EUA, o Spotify tinha 19,9 milhões. Neste ano, o app de streaming ultrapassou a rival, atingindo 28,2 milhões, contra 28 milhões.
O consumo de conteúdos em áudio explodiu no último ano, criando espaço até para novos competidores como Clubhouse – que por sua vez já está inspirando outros apps iguais. O Spotify, por exemplo, saltou de 700 mil podcasts em sua plataforma em 2019 para 2,2 milhões no fim de 2020.
Ainda segundo a empresa, 25% de seus usuários ativos mensais interagiram com algum conteúdo de podcast no último trimestre de 2020. Isso é o dobro do consumo registrado em 2019.
O resultado, obviamente, é um olhar financeiro mais apurado para este mercado, que ainda não parece devidamente estruturado. Apenas nos Estados Unidos, é esperado uma entrada de US$ 1,28 bilhão em publicidade em podcasts. Diversas marcas já entenderam o valor de uma audiência dedicada e com hábito de consumo de conteúdo aliado à rotina e isso deverá expandir ainda mais o alcance e o sucesso dos podcasts nos próximos anos.
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