Stark Bank traz escalabilidade para finanças de startups através de APIs

Por Tainá Freitas

O que acontece com a gestão financeira de startups quando começam a escalar? Como lidar com milhares de pagamentos e recebimentos? Essa é uma das maiores questões enfrentadas por essas companhias hoje – e é a que a fintech Stark Bank pretende resolver através de APIs.

A Stark Bank foi criada em 2018 pelo engenheiro Rafael Stark, que começou com uma API (interface de programação de aplicativos) para transferências bancárias. De lá para cá, é possível fazer toda a gestão financeira de empresas através desse método.

As APIs são a ferramenta utilizada no Open Banking para envio de informações bancárias entre diferentes plataformas. A Stark Bank apostou todas as fichas no modelo – é agora, quase quatro anos depois, que a companhia está desenvolvendo o aplicativo próprio para Android e iOS.

“Em empresas de grande porte, o departamento de finanças não faz nada através de um aplicativo. Pelo contrário: elas não gostam de ter que fazer as coisas manualmente, como conciliação, pois não há uma comunicação entre o ERP (sistema de gestão empresarial) e o banco”, afirma Stark.

O objetivo é que as empresas economizem tempo e possam gerir seus dados bancários de qualquer lugar. “Por ser totalmente baseada em API, a Stark possibilita o controle de sua conta bancária em um aplicativo próprio criado pelo cliente, aplicativo de gestão de empresa que utiliza ou até mesmo de uma planilha de Excel”, explicou o fundador em entrevista à StartSe.

O VERDADEIRO PAPEL DO CHEFE DE FINANÇAS

Atualmente, a Stark Bank possui cerca de 400 clientes ativos e cerca de 20 funcionários. A companhia visa um tipo de cliente específico: startups e empresas de médio e grande porte. O objetivo é garantir que, se o cliente passar a vender de 10 mil ingressos para 100 mil, não tenha nenhum problema de escalabilidade.

A fintech atende companhias como Guiabolso, Buser, Kovi, Loft, Rebel e Kovi. Um dos desafios que a Stark Bank busca resolver é permitir que o CFO, chefe de finanças das companhias, passe a focar em estratégia e receita.

“Hoje, o CFO de uma empresa é geralmente visto como backoffice - faz a conciliação das contas a pagar, receber; é um trabalho quase manual que deveria ser simples. Queremos que seja mais simples e automatizado -- não pode ser uma operação da década de 90”, afirma Rafael.

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