Nova empresa criada pelo Stark Bank nasce com 3 serviços: conexão ao Banco Central para participantes do Pix; emissão de cartões e de CCBs
Moeda digital, gráfico, online, finanças (Foto: D-Keine via Getty Images)
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O Stark Bank, neobank voltado ao atendimento a grandes empresas, é o mais novo adepto da estrutura de grupo para abrigar suas operações. O passo foi dado por conta da criação da Stark Infra, nova empresa que vai oferecer infraestrutura de serviços financeiros para outras empresas. A entrada nesse tipo de oferta era um dos planos da rodada série B anunciada em abril.
A Stark Co., como tem sido chamada provisoriamente a nova entidade que será dona do Stark Bank e da Stark Infra, será comandada por Rafael Stark, fundador do Stark Bank. Ele também ficará à frente das duas empresas. A princípio, não há planos para trazer ninguém para assumir essas duas posições. “Me inspiro muito no Elon Musk, que comanda a Tesla e a Space X”, diz.
O plano da Stark Infra, segundo Rafael, é se tornar a AWS das instituições financeiras, oferecendo a infraestrutura sobre a qual as empresas criam novas ofertas.
A nova empresa começa oferecendo 3 serviços: conexão ao Banco Central para participantes diretos e indiretos do Pix; emissão de cartões com a Mastercard; e emissão de cédulas de crédito bancário (CCB).
Todas as funcionalidades foram criadas para atender demandas do próprio Stark Bank, que hoje é o maior cliente da Stark Infra. Na avaliação de Rafael, esse é o principal diferencial da nova companhia na disputa por um espaço no mercado de banking as a service, que recebeu bastante atenção nos últimos dois anos, principalmente.
Por entender o que é ser um banco, ele diz acreditar que a Stark Infra consegue atender melhor as demandas do mercado do que concorrentes como Pomelo, QI Tech, Zoop e Dock. “É diferente entender exatamente a dor. “Isso faz muita diferença em termos de qualidade e de desenvolvimento de produto. A AWS se força a ser melhor porque a própria Amazon é cliente”, compara.
A área de infra nasceu há 1 ano e meio quando o Stark Bank estava se conectando aos sistemas do Banco Central e da Mastercard. Por não ter encontrado no mercado nenhuma tecnologia que atendesse suas expectativas, a companhia desenvolveu internamente suas próprias APIs. Desde outubro/21, o Stark Bank opera conectado à Stark Infra.
De acordo com o fundador, separar os negócios em duas empresas fazia sentido por conta da natureza distinta das operações. “Uma coisa é banco outra é empresa de infraestrutura. A separação deixa tudo mais claro para o mercado. No site da Infra podemos ser mais técnicos, detalhar mais os produtos. Os públicos também são diferentes. O Stark Bank fala com o CFO. A Infra com o CTO, CPO”, diz. A nova empresa tem atualmente 10 pessoas focadas e divide com seu irmão mais velho timer de tecnologia, financeiro etc. Com o tempo, essas atividades também tendem a ser segregadas
Para Rafael, a oportunidade que se abre com a nova empresa é a ampliação do perfil de clientes que podem ser atendidos, já que ter uma conta corrente PJ poderia não ser interessante para um grande banco tradicional, por exemplo. Mas contratar um serviço de infraestrutura talvez possa fazer sentido.
Perguntado se, assim como a AWS, a nova empresa tende a crescer e se tornar um negócio grande e lucrativo, Rafael desconversou. “O trabalho será de fazer as duas empresas terem o melhor resultado possível, serem gigantes”, afirma.
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