Além do lixo eletrônico – a Recicli se prepara, com corporações transnacionais, para reciclar baterias de carros elétricos e painéis fotovoltaicos.
Os altos índices de rentabilidade da Recicli refletem um modelo de negócio que tem como matéria-prima resíduos, e que na outra ponta vende metais preciosos, de alto valor de mercado. (Foto: Unsplash).
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6 min
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9 abr 2024
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Atualizado: 9 abr 2024
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Grandes corporações transnacionais se uniram à RECICLI, uma cleantech brasileira, para desenvolver um projeto de Hub Integrado de Reciclagem no Brasil. A usina está em fase de planejamento e vai reciclar resíduos eletrônicos, como as milhares de baterias do crescente mercado de carros elétricos, assim como os painéis de usinas solares, que chegarão ao fim de sua vida útil.
Para as baterias de carros elétricos, a RECICLI aperfeiçoou sua tecnologia de reciclagem de resíduos de eletrônicos. Além disso, prevê o reparo e a sua reutilização no armazenamento de eletricidade em usinas de energia renovável.
E, quando a vida útil das baterias chegar ao fim, a tecnologia vai extrair os metais valiosos que as compõem, para sua venda como insumos, no início de diferentes cadeias industriais.
A RECICLI apresenta sua solução de recuperação de metais preciosos a partir de resíduos industriais com patentes próprias, disruptivas mundialmente, validadas por grandes clientes do setor - e sem concorrência direta na América Latina.
Hoje, a startup apresenta como inovação a sua tecnologia de reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos(REEE). Esses resíduos contêm metais preciosos (ouro, prata, platina, cobre e paládio), e outros (chumbo e cádmio) e, parte destes, são também metais pesados que, caso descartados de forma inadequada e contaminem o meio ambiente,podem ser ingeridos, causando danos à nossa saúde e a ecossistemas.
Atualmente, a startup opera fazendo a industrialização reversa desses resíduos, como pré-processamento, e exportando para a Europa os circuitos e placas de memória Ao mesmo tempo, corporações transnacionais estão financiando o desenvolvimento da tecnologia inovadora de processamento (reciclagem) de REEE, já patenteada pela RECICLI.
Como resultado, altos índices de rentabilidade refletem um modelo de negócio que tem como matéria-prima resíduos, e que na outra ponta vende metais preciosos, de alto valor de mercado, gerando uma receita bruta superior a 23 mil dólares por tonelada de REEE processado.
A RECICLI conta com uma plataforma de logística reversa, a REEETurn. O software, a ser embarcado de fábrica em equipamentos eletrônicos de indústrias parceiras, vai assegurar o seu correto descarte, direcionando-os para a operação de reciclagem da RECICLI. A plataforma é uma startup controlada pela RECICLI, que gera receita adicional embutindo no preço dos equipamentos eletrônicos uma taxa de reciclagem.
Em resumo, a REEETurn é uma plataforma que fortalece a logística reversa de REEE, conectando geradores de resíduos à RECICLI e viabilizando a sua logística de descarte.
Assim, as indústrias fazem a sua parte ao contribuir para a estruturação da cadeia de reciclagem, e os proprietários dos equipamentos eletrônicos (pessoas físicas ou jurídicas) passam a ser responsáveis pelo seu descarte adequado, conforme preconizado na Política Nacional de Resíduos Sólidos e no Acordo Setorial de Eletrônicos.
O faturamento do grupo RECICLI cresceu 110% em 2022 e 320% em 2023, alcançando R$ 1,3 milhão de faturamento no ano passado. E o potencial de mercado para o crescimento da RECICLI é gigantesco, com projeções de faturamento de mais de R$ 18 milhões em cinco anos.
A startup já recebeu diversas premiações, incluindo Stellantis Venture Awards, Braskem Labs, 100 Open Startups e Open Mind Academy, para citar alguns exemplos. A RECICLI apresenta sua solução de recuperação de metais preciosos a partir de resíduos industriais com patentes próprias, disruptivas mundialmente, já testadas e validadas experimentalmente com grandes clientes do setor - e sem concorrência direta na América Latina.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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