Embora as startups tenham captado, em agosto, volume 80% inferior a agosto de 2021; também já ultrapassaram, no ano, o volume captado em 2020 inteiro. Conheça os detalhes.
startups-brasileiras-levantam-174-mi-em-agosto-2022-supera-2020 (Foto: GettyImages).
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6 min
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9 set 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Victor Marques, da Captable Brasil.
Copo meio cheio ou copo meio vazio? Esse é o dilema enfrentado por quem observa o mercado de Venture Capital no Brasil. Embora as startups tenham captado, em agosto, volume 80% inferior a agosto de 2021; também já ultrapassaram, no ano, o volume captado em 2020 inteiro.
O ano já soma US$ 3,6 bilhões captados, valor menor que os US$ 6,6 bilhões no mesmo período de 2021. Mas, segundo o levantamento, o valor médio das rodadas iniciais apresenta crescimento: o das rodadas pré-seed subiu de US$ 350,6 mil para US$ 788,1 mil, enquanto o das rodadas seed foi de US$ 1,5 milhão para US$ 2,4 milhões.
A queda no volume total captado no ano é reflexo das rodadas de investimento em startups de fase mais avançada – que tiveram queda.
E é possível investir no segmento com R$ 1000, através da Captable.
Ao analisar por segmento, as fintechs ficaram mais uma vez em evidência: captando US$ 97,6 milhões em 12 negociações em agosto. Logo após, aparecem as healthtechs, com 6 negociações, totalizando US$ 47,5 milhões.
Desde 2018 as fintechs se mantêm na liderança do levantamento. As healthtechs vêm ganhando um destaque recente – com visível crescimento do interesse pelo segmento. Em volume captado no ano, as retailtechs se destacam: foram US$ 384,4 milhões levantados até agora.
Entre os destaques de agosto estão as captações da Caju, de US$ 25 milhões, e da Dr. Consulta, de US$ 32,5 milhões.
Em agosto, ocorreram 14 fusões e aquisições, número menor que as 21 de 2021 no mesmo período. Mas, no ano, permanecem estáveis: já são registradas 154 operações do tipo, quase alcançando as 155 do ano anterior no mesmo período. O destaque é a aquisição total do iFood pela Movile, por US$ 1,8 bilhão.
Vale sempre ressaltar: o ano de 2021 foi completamente atípico – e recorde – para investimentos em startups. Ou seja, qualquer métrica comparada ao ano de 2021 faz parecer que o mercado está numa queda mais acentuada que a realidade.
Agosto de 2021, por exemplo, registrou o maior volume captado desde que a série histórica do Distrito iniciou, em 2013. O fato dos “oito primeiros meses de 2022 já superarem o total do ano de 2020, por exemplo, mostra que o mercado de venture capital continuará relevante no país”, avalia Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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