Twitch, Facebook Gaming, YouTube: entenda o mercado milionário de streaming de jogos
Foto: luza studios/Getty Images
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6 min
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18 mar 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas
Em 2024, a expectativa é que quase um bilhão de pessoas assistam transmissões ao vivo de jogos ao redor do mundo, segundo relatório da NewZoo. Em 2021, a audiência global foi de 747 milhões de pessoas.
Atualmente, este mercado está dominado por três grandes players: Twitch, YouTube e Facebook (Gaming). E cada uma dessas plataformas possuem empresas de tecnologia nos bastidores…
A Twitch, líder do mercado, foi criada quase sem querer, a partir de uma pivotagem. Isso porque o fundador Justin Kan criou o Justin.tv em 2007 para fazer lives de sua própria vida; a iniciativa ganhou escala quando permitiu que outros usuários fizessem o mesmo.
A Twitch foi criada em 2011, após a crescente demanda dos usuários por transmissões ao vivo de jogos. Mais de dez anos depois, a companhia concentra a maior audiência do mundo: foram 23,3 bilhões de horas assistidas em 2021, um recorde, segundo a NewZoo.
Para efeito de comparação, o YouTube – que possui um repertório mais variado, além dos jogos – gerou 4,5 bilhões de horas assistidas no mesmo ano. Já na lanterninha, aparece o Facebook Gaming, com 3,5 bilhões de horas. No entanto, vale o adendo: o rastreio da NewZoo para o Facebook começou apenas em abril de 2021.
O streaming de jogos é totalmente diferente do streaming de vídeo e música por um motivo muito importante: a interação. O streamer – como é chamada a pessoa que faz a transmissão ao vivo – está ali interagindo com o público; às vezes, um público de milhões de espectadores simultâneos. Como consequência, tende a criar uma comunidade de pessoas engajadas.
Por isso, quem está na frente das câmeras é um personagem importantíssimo. Não por acaso, o Facebook Gaming tornou o Neymar um streamer exclusivo da plataforma em 2021. Já a Anitta estreou na plataforma no ano anterior.
Enquanto isso, são destaques na Twitch o Casimiro Miguel e Alexandre “Gaules”. O Gaules, ex-jogador de Counter Strike, foi o streamer de língua portuguesa mais assistido na plataforma em 2021. Ele alcançou o marco de mais de 340 mil espectadores simultâneos.
Em junho de 2021, Gaules fechou uma parceria com a NBA e passou a transmitir os jogos em seu canal ao vivo. O acordo é válido para a temporada 2021-2022.
Quem também seguiu um caminho semelhante foi Casimiro. Em janeiro deste ano, ele anunciou que irá transmitir o Campeonato Carioca 2022. Além disso, ele exibiu, de forma exclusiva, o primeiro episódio da série original “Neymar: O Caos Perfeito”. Ele teve mais de 500 mil espectadores sintonizados simultaneamente – ainda é cedo, mas esse pode ser um dos recordes de 2022.
Além das parcerias e contratos de exclusividade, os streamers são recompensados durante as transmissões. Existem duas formas diferentes: peças publicitárias em meio as lives e a inscrições dos espectadores ao canal – o que costuma ser chamado de “sub”.
No caso da Twitch, os assinantes Amazon Prime possuem uma quantidade de sub “de graça” para doar aos streamings preferidos.
Recentemente, em fevereiro deste ano, a Twitch lançou um programa de incentivo para garantir um valor mínimo mensal garantido de receita publicitária. O programa garante que, ao transmitir por um número específico de horas (com anúncios), eles tenham um pagamento fixo e mais previsível por mês. A iniciativa está em fase de implementação.
Porque é um mercado milionário e em plena ascensão. Dados vazados ao fim de 2021 sugeriram que cerca de 135 streamers brasileiros tenham recebido mais de US$ 22 milhões da Twitch.
Além disso, a aposta nos jogos online é cada vez maior. A própria Amazon, que possui a Twitch, está investindo cada vez mais em games; o mesmo acontece com a Netflix, que recentemente comprou um estúdio de jogos para smartphones. Enquanto isso, a Microsoft realizou sua maior aquisição da história: a compra da desenvolvedora de jogos Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões.
Há, ainda, um ecossistema em pleno desenvolvimento: a criação da profissão “streamer” também traz o emprego “agente/empresário” de streamer; e assim a roda continua girando…
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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