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Stripe é avaliada em US$ 95 bilhões - como uma fintech se tornou a startup mais valiosa dos EUA?

Com rodada de US$ 600 milhões, a fintech Stripe se tornou a startup mais valiosa dos EUA, superando a SpaceX de Elon Musk, mundialmente fica atrás apenas da Bytedance, detentora do TikTok.

Stripe é avaliada em US$ 95 bilhões - como uma fintech se tornou a startup mais valiosa dos EUA?

Stripe

, Head de Conteúdo na Captable

5 min

16 mar 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Victor Marques

A Stripe, fintech de pagamentos de São Francisco, recebeu aporte de US$ 600 milhões em rodada de investimento com participação da Sequoia Capital e da National Treasury Management Agency, agência responsável pelos investimentos do governo irlandês. Com isso, seu valuation foi elevado para US$ 95 bilhões - o maior valor de mercado de uma startup americana.

A fintech faz história ao se tornar a startup mais valiosa dos EUA, à frente de nomes de peso como SpaceX de Elon Musk. Globalmente, a startup agora ocupa a segunda posição do ranking de startups mais valiosas, ficando atrás apenas da Bytedance, - avaliada em US$ 140 bilhões - empresa que controla o TikTok.

Patrick Collison e John Collison (foto: Stripe)

A Stripe surpreende não só pelo investimento e valor de mercado, a startup vem demonstrando ritmo de crescimento acelerado, tendo triplicado seu valor em menos de um ano. Entre os feitos da startup, atingiu valor de mercado superior ao Facebook e Uber antes de abrirem seu capital, quando eram avaliadas em US$ 80 bilhões e US$ 72 bilhões respectivamente.

O valor de mercado da startup reflete, além do mercado em que ela está inserida, os grandes clientes conquistados, como: Zoom, Salesforce, Shopify, Deliveroo e Instacart. Além disso a startup já atua em 43 países, incluindo o Brasil, ainda em versão prévia, devendo ganhar suporte total até o final deste ano.

O crescimento acelerado da startup é fácil de entender considerando o setor dela: pagamentos digitais. A pandemia inegavelmente acelerou a adoção de hábitos de consumo online, aumentando a necessidade de ferramentas de pagamento digital – seja no delivery, e-commerce ou plataformas de cursos online. O cofundador da empresa, John Collison, declarou que 5 mil transações foram processadas por segundo pela solução da Stripe em 2020. 

Com a necessidade de digitalização de grandes players, a solução que havia sido idealizada para atender às necessidades de outras startups passou a atender grandes empresas, com o crescimento da demanda e a adição de grandes empresas na lista de clientes, a startup atingiu esse valor recorde de mercado para uma fintech.

Representantes do setor no Brasil

No Brasil, os grandes representantes do setor devem se mexer com a chegada da gigante. Parcerias firmadas por Vindi, Cielo, PayPal, Mercado Pago, PicPay e PagSeguro correm risco. Com o aumento da competitividade do setor (já muito disputado), taxas e prazos para recebimento de valores devem diminuir e as opções de pagamento que cada solução traz devem aumentar.

De acordo com um estudo do Google, o objetivo de qualquer negócio que queira realizar vendas virtuais é oferecer diferentes formas de pagamento online. Por isso, as opções de pagamento tradicionais – limitadas ao cartão de crédito, transferência online de débito e soluções offline como o boleto bancário – não são mais suficientes. Soluções mais inovadoras que buscam melhorar a experiência do usuário devem ganhar ainda mais força, com pagamentos via Pix, QR Code e carteiras digitais (PicPay, Mercado Pago, Apple Pay, Google Pay).

Por que a Stripe buscou investimento?

Embora startups tenham diversos motivos para buscar investimento, a Stripe declarou que não precisava do valor. Isso mesmo, a empresa captou o valor apenas para aproveitar uma oportunidade. Ainda assim, o valor vai possibilitar a expansão estratégica de sua atuação na Europa, onde ainda vê potencial para crescer. 

A Stripe ainda diz preferir manter seu capital fechado, prática que vem se tornando cada vez mais comum no universo das startups, permitindo que a empresa se solidifique e amplie seu mercado, antes de fazer um IPO e precisar divulgar dados de faturamento que poderiam ser explorados por concorrentes.

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Imagem de perfil do redator

Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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