A máquina, chamada de AI Research SuperCluster (RSC), deve ficar pronta até o final deste ano
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4 min
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31 jan 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
A Meta - dona do Facebook, Instagram e WhatsApp - contou que está construindo um supercomputador de inteligência artificial. A máquina, chamada de AI Research SuperCluster (RSC), promete ser a mais rápida do mundo e deve ficar pronta até o final deste ano.
Na prática, vai funcionar com sistema de machine learning - aprendizado de máquina - em que poderá aprender trilhões de dados e tomar decisões sem a necessidade do ser humano.
“O RSC ajudará os pesquisadores da Meta a construir novos e melhores modelos de inteligência artificial que podem trabalhar em centenas de idiomas diferentes; análise de texto, imagens e vídeo [para identificar conteúdos nocivos] e desenvolver novas ferramentas de realidade aumentada”, diz a empresa.
A conexão será feita diretamente dos servidores de dados da Meta e todos os dados serão criptografados de ponta a ponta antes de serem treinados pelo RSC - o que pode aumentar a segurança do supercomputador.
Outro detalhe técnico é que a fase atual do RSC tem 760 sistemas Nvidia GGX A100 contendo 6.080 GPUs conectadas. Mas até o final deste ano, o objetivo é contar com 16.000 GPUs capazes de processar mais de “1 trilhão de parâmetros em conjuntos de dados tão grandes quanto um exabyte”, diz em comunicado.
Como será usada? A máquina será usada para treinar muitos sistemas: desde algoritmos de moderação de conteúdo usados para detectar discurso de ódio no Facebook e Instagram até recursos de realidade aumentada (já que o foco da empresa é o metaverso).
“Esperamos que o RSC nos ajude a construir sistemas de IA inteiramente novos que possam, por exemplo, fornecer traduções de voz em tempo real para grandes grupos de pessoas, cada uma falando um idioma diferente, para que possam colaborar em um projeto de pesquisa ou jogar um jogo de realidade aumentada juntos.”
Segurança, privacidade e metaverso. O objetivo é que o RSC seja tão seguro a ponto de não ter vazamento de dados.
Metaverso? Sim. Como era de se imaginar, a Meta tem construído a máquina também de olho no metaverso - plataforma de união entre o mundo físico e online - do qual quer marcar território.
“Esperamos que a próxima etapa na capacidade de computação nos permita não apenas criar modelos de IA mais precisos, mas também permitir experiências de usuário completamente novas, especialmente no metaverso”, diz a empresa.
De um lado, a confiança do Facebook tem caído nos últimos anos - com uma série de denúncias de privacidade e segurança de dados dos usuários -, logo, a criação de um supercomputador de IA pode oferecer uma nova chance à empresa de mudar a imagem. Outro ponto a observar, é que com a inovação, pode estar um passo à frente de rivais como Apple, Google e Microsoft. Seguimos acompanhando os próximos capítulos desta história.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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